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Veterinário Francisco exalta 20 anos do diagnóstico de leishmaniose na Capital

29.11.2018 · 12:00 · Vereador Veterinário Francisco

O vereador veterinário Francisco (PSB) lembra que em 2018 faz 20 anos que foi diagnosticado o primeiro caso de leishmaniose visceral em cães em Campo Grande. Ele explica ainda que o primeiro caso diagnosticado foi em 28 de novembro de 1998 . “Eu juntamente com os médicos veterinário Jonas Cavada, Elaine Araujo e Reginaldo Brasil e outros veterinários do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) diagnosticamos o 1° caso de leishmaniose visceral em cães. As providências do Poder Executivo só aconteceram quando houve morte de pessoa influente em Campo Grande. Antes disse a leishmaniose era atribuída a cidades vizinhas”, explica o parlamentar durante palavra livre na sessão desta quinta-feira (29).

Segundo o veterinário Francisco, nesses 20 anos do primeiro diagnóstico da doença muitas informações foram perdidas, pois o governo não levava a serio a doença. Dados da Sesau (Secretaria de Municipal de Saúde) de 2007 até hoje houve 3, 331 mil casos notificados de leishmaniose em humanos. Deste montante 1,375 mil foram confirmados. Já as mortes decorrentes da leishmaniose foram 50 casos.

O parlamentar explica que por muitos anos a leishmaniose foi deixada de lado pelo governo municipal mesmo com registro de mortes pela doença. Ele conta que uma menina havia morrido em razão da leishmaniose visceral, mas a doença foi atribuída para outro município. Ele lembra que o Poder Executivo só se empenhou para a prevenção da doença quando uma pessoa que fazia parte da elite campo-grandense morreu em virtude da leishmaniose que a Prefeitura de Campo Grande resolveu reagir e contratar pessoas para fazer o combate da doença. “As pessoas que foram contratadas para combater a doença. Não possuíam inseticidas, EPIs e treinamento. Não tinham nada e nem conhecimento de como combater o vetor da doença. E nem tinham tempo de dar o treinamento devido para eles trabalharem, pois iria demorar e expiraria o tempo do contrato”, argumenta o vereador.

O Veterinário Francisco explica ainda que a Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença de notificação compulsória e, por isso, todo caso suspeito deve ser notificado e investigado pelos serviços de saúde, através da “Ficha de Investigação Padronizada pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)”. Por ser uma doença de evolução crônica, para a análise levou-se em conta a oportunidade de encerramento dos casos de LV, que é de 61 dias, e a exclusão das duplicidades encontradas no SINAN Estadual. Os dados têm como objetivo, apresentar o panorama da doença no período analisado, de modo que os gestores possam discutir e elaborar estratégias de prevenção e controle da doença. “Os novos médicos que estão se formando e vindo trabalhar na rede pública não sabem diagnosticar um caso de leishmaniose. Isso é muito grave. Eu tenho propriedade para falar isso, pois há 10 anos eu junto com alguns colegas investigamos muitos casos. É serio esse novos médicos não tem treinamento especifico e não estão sabendo diagnosticar a leishmaniose visceral em humanos”, argumenta.

O parlamentar explica ainda que não há nenhuma molécula do inseticida existente no mercado  que consiga eliminar o vetor e estima que cerca de 20% da população canina tenha o parasita da leishmaniose.

O veterinário Francisco ressaltou ainda que a Câmara Municipal aprovou e a Prefeitura de Campo Grande sancionou a lei que normatiza o tratamento da leishmaniose  visceral em cães na Capital.

Eduardo Penedo
Assessoria de Imprensa do Vereador