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Baixa procura pela 2ª dose da vacina contra Covid-19 em Campo Grande preocupa autoridades

25.06.2021 · 12:00 · Vereador Papy

O presidente do Solidariedade MS e vereador de Campo Grande, Papy, se reuniu com o secretário Municipal de Saúde, José Mauro Filho, para contribuir no combate à Covid-19. Porém um dado chamou atenção de Papy e tem preocupado as autoridades de saúde.

Segundo o Vacinômetro, apenas 51.960 pessoas procuraram locais de vacinação para tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19 até esta sexta-feira (25), ou seja, das 168.575 pessoas que poderiam estar totalmente imunizadas contra o coronavírus na capital, 30,82% ainda precisam tomar a dose de reforço.

O cenário fica ainda pior quando separamos por tipo de vacina. As pessoas imunizadas com a Coronavac/ Butantan – que o prazo para a dose de reforço é entre 14 e 28 dias – quase que na sua totalidade estão totalmente imunizadas. Mas ainda tem um público de 7.418 (6,29%) vacinados apenas com a primeira dose que devem completar o ciclo.

Mas se for analisado o quadro das pessoas que tomaram as vacinas AstraZeneca/ Fiocruz e Pfizer – prazo da segunda dose é de 60 e 90 dias, respectivamente – a situação é alarmante. Isso porque apenas 1,38% desse grupo buscou a segunda dose.

“As pessoas ficam preocupadas com a primeira dose e acabam esquecendo que a segunda dose é mais importante ainda. Fiquei muito assustado com esse dado”, afirmou o vereador Papy, que tem 34 anos e aguarda ansiosamente para ser vacinado.

 

De acordo com o secretário, essa baixa procura pela segunda dose pode ocorrer por diversos fatores, desde a falta de informação, ausência no dia destinado a se vacinar, perda de interesse ou mesmo achar que só uma dose seria suficiente para estar protegido.

Mas os especialistas alertam que é essencial tomar as duas doses da vacina contra Covid-19, mesmo que tenha passado o prazo definido pelo fabricante. Isso porque a primeira dose vai provocar um estímulo da resposta do sistema imune, uma provocação para que o sistema de defesa comece a produzir os anticorpos. Mas uma dose não é suficiente, então vem o reforço, que fará a produção de anticorpos seja melhor ainda, prolongando o tempo da imunidade.

Eficácia

Os ensaios clínicos realizados com a vacina Coronavac no Brasil, revelaram que a eficácia global é de 50,7%, podendo chegar a 62,3%, quando o intervalo entre as doses for entre 21 e 28 dias. Em casos moderados, esse índice sobe para 83,7% e atinge 100% contra casos graves. Mas se for aplicada apenas uma dose, a proteção cai para 16%.

Conforme a Fiocruz, fabricante da vacina da AstraZeneca no Brasil, a primeira dose da vacina já garante eficácia geral de 76%, dos 22 aos 90 dias após a aplicação, com uma segunda dose de reforço, a eficácia da vacina sobe para 82,4%.

Estudos científicos, realizados entre 2020 e 2021, comprovaram que a vacina Pfizer apresenta eficácia entre 80 e 98%. Foi bastante divulgado no Brasil o resultado da terceira fase de testes da vacina, com o percentual de 95% de eficácia. Mas análises com a aplicação apenas uma dose, a eficácia cai para níveis entre 50 e 60%.

Assessoria de imprensa do vereador