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Prevenção e combate à leishmaniose serão discutidos em audiência pública na Câmara dia 15

14.08.2014 · 12:00 · Vereador Eduardo Romero

A Câmara Municipal sedia no dia 15 de agosto, a partir das 14h, audiência pública com o tema ‘Prevenção e combate a leishmaniose – estamos no caminho certo?’. A audiência foi convocada pelo presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, vereador Eduardo Romero (PT do B), com adesão dos demais membros.
 
Além de demonstrar o panorama da doença em Campo Grande, tanto em animais quanto em humanos, o vereador provoca a discussão sobre como o poder público está combatendo a leishmaniose na cidade. A guarda responsável dos animais é outro ponto a ser debatido, já que há muitos registros na polícia de abandono de cães infectados.
 
De acordo com informações repassadas pela Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) ao gabinete do vereador, desde o dia 25 de julho o órgão não recebe do Ministério da Saúde kit para testagem de leishmaniose em cães. Por conta disto não está recolhendo ou recebendo animais com a suspeita da doença. Quem suspeita que o animal esteja infectado tem que recorrer às clínicas particulares para efetuar o diagnóstico. Caso seja confirmada a doença, o proprietário pode apresentar laudo e o CCZ faz o recolhimento, mas não realiza o tratamento, apenas a eutanásia.
 
Ainda conforme a CCZ, em 2013 foram eutanasiados 16.323 cães e destes 94,28% por serem portadores de leishmaniose. Nos primeiros sete meses deste ano foram 8.536 animais, numa média de 1.219 por mês, com 94,6% deles com leishmaniose.
 
‘Eutanásia de cães não resolve toda problemática da leishmaniose. A política pública de educação da população e combate ao mosquito transmissor, o palha, vem antes de qualquer discussão, pois se existem animais doentes, humanos sendo infectados é porque o mosquito está se proliferando nas casas, nos terrenos baldios que oferecem condições de reprodução’, defende o vereador. 
 
A doença
 
Os principais sintomas da leishmaniose para os cães são o emagrecimento repentino e lesões em várias partes do corpo. O mosquito é encontrado em regiões de mata e na cidade, em regiões periurbanas, principalmente onde há árvores e que as folhas caem no chão e ficam úmidas. Esse é um ambiente propício para a proliferação do mosquito transmissor da leishmaniose, aí esse mosquito pica um animal que está contaminado e passa a transmitir a doença para o ser humano.
 
Há dois tipos da doença nos seres humanos: a cutânea e a visceral. A leishmaniose cutânea é caracterizada por úlceras, em formato de crateras de vulcão, na pele. A visceral acomete órgãos internos, principalmente o fígado e o baço, tendo uma complicação mais grave e com risco de morte. Os sintomas são febre, debilidade do organismo e comprometimento do fígado e do baço.
 
Lucas Junot
Assessoria de Imprensa do Vereador