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Prefeitura divulga concessão de crematório proposto pelo vereador Eduardo Romero

19.02.2014 · 12:00 · Vereador Eduardo Romero

O Projeto de Lei 7.458/2013, de autoria do vereador Eduardo Romero (PTdoB), que autoriza o Poder Executivo a criar o Crematório Municipal, sancionado em novembro do ano passado, começa tomar forma em Campo Grande. O Diário Oficial desta quarta-feira (19) torna pública a concessão do serviço pelo período de 12 meses, a encargo da empresa Crematório Campo Grande LTDA.
 
A publicação esclarece ainda que a instalação recebeu licença ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e irá funcionar na Avenida Tamandaré, no loteamento Monte Alto.
 
Desde o ano passado o vereador Eduardo Romero destacou a necessidade de se pensar a modernização dos cemitérios, diante dos transtornos com espaço físico, saúde pública e a redução dos danos ambientais.
 
Ambientalista, Eduardo lembrou que a Capital é cortada por 33 córregos e banhada por duas bacias hidrográficas, a do Paraná e do Paraguay e que a contaminação do solo e do lençol freático com o chumbo – liberado na decomposição dos corpos – traz o risco de não haver, a longo prazo, água potável para o consumo dos campo-grandenses.
 
De acordo com o vereador, até meados dos anos 90, o país tinha apenas um único crematório. Hoje já conta com 32 e ganhará mais uma dezena nos próximos meses.
 
Estatísticas apresentadas pelo parlamentar atestam que 98,5% dos mortos são sepultados no Brasil e só 1,5% são cremados. Países como o Japão, por sua vez, que enfrenta problemas demográficos e populacionais, cremam 99,9% dos mortos e os Estados Unidos, 37%.
 
“A cremação, por si só, ainda não é um negócio lucrativo no Brasil. É por isso que os crematórios sempre fazem parte de um cemitério. A tendência é mudar. Antes os fornos precisavam ser importados. Hoje, já há fabricantes nacionais”, declarou Romero.
 
Na época da proposição do vereador entidades do campo Ambiental, Social, Defesa do Consumidor, Direitos Humanos, Sindicais emitiram nota comemorando a aprovação do crematório público municipal. Entidades como a Associação dos Aposentados,ABCCON/MS,Associação Bálsamo, Cedampo, Fórum de Meio Ambiente, Fórum da Cidadania, vários sindicatos de Trabalhadores, Centrais Sindicais, Direitos Humanos e igrejas das mais variadas denominações, (católicos, espíritas, evangélicas, anglicana etc.), também estiveram juntos na luta pela criação do crematório municipal.
 
“Foram 4 anos de movimentação conversando com os vereadores da capital e agora coroando êxito com o vereador Eduardo Romeiro(PTdoB)”, diz a nota.
 
O vereador lembra que a ideia não é para cremação obrigatória e sim alternativa, uma vez que cada família tem o direito de escolher de que fora vai agir no momento de perda.
 
A construção de crematórios públicos fornos e incineradores para cremação e incineração de corpos e restos mortais humanos foi proposta ao gabinete por meio de reivindicação da população, Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul e Fórum Municipal de Meio Ambiente.
 
Campo Grande tem três cemitérios municipais (Cruzeiro, Santo Amaro e Santo Antônio) e todos estão operando quase que na capacidade máxima de sepultamentos, o que também colaborou para a propositura. “Os cemitérios são fontes causadoras de impactos ambientais preocupantes, principalmente quando suas localizações são irregulares ou próximos de residências. Não queremos tirar o direito das famílias sepultarem seus entes e nem questionar ou desrespeitar a religiosidade, mas estamos apresentando alternativa moderna que preserva o meio ambiente e dá ao município soluções administrativas nesse assunto”, explica o vereador.
 
Assessoria de Imprensa do Vereador