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Com mutirão de emergência, Terminais ganham tempo para discutir reforma mais abrangente

19.03.2014 · 12:00 · Vereador Eduardo Romero

A Prefeitura de Campo Grande iniciou esta semana um mutirão pela limpeza e manutenção dos terminais de ônibus da Capital. Nos oito terminais de transbordo e no ponto de integração (Hércules Maymone) o cenário é o mesmo: banheiros pichados, louças sanitárias quebradas, vazamentos, bebedouros que não funcionam, falta de sinalização, problemas na rede elétrica entre outros. Lançada no dia 8 de Março, a Campanha Pela Reforma dos Terminais, reuniu cerca de quatro mil assinaturas. A ação é encabeçada pelo vereador Eduardo Romero (PTdoB) e faz parte do movimento Mobilidade Urbana Faz Diferença – #VamosJuntosCG.
 
Usuário do transporte coletivo, o parlamentar apresentou em fevereiro deste ano o Levantamento do Sistema Municipal de Transporte Coletivo, que apontou o sucateamento dos terminais de transbordo da Capital. Romero destaca que “as medidas anunciadas esta semana pela prefeitura são emergenciais e vão ao encontro da resposta rápida que os usuários do transporte coletivo precisam e esse é um primeiro passo, agora queremos discutir o conceito da verdadeira reforma. Estamos falando de cobertura, instalações hidráulicas e elétricas, sinalização vertical e horizontal, segurança nos terminais, entre vários outros pontos”.
 
De acordo com a Prefeitura, a intenção é contratar uma empresa terceirizada para administrar, limpar e garantir a segurança dos passageiros nas plataformas de embarque. Uma empresa realizava o serviço até 2012, mas não teve o contrato de prestação de serviços renovado. Desde então a responsabilidade ficou a encargo da prefeitura.
 
Levantamento
 
O Levantamento do Sistema Municipal de Transporte Coletivo de Campo Grande, apresentado pelo vereador Eduardo Romero (PT do B) na sessão ordinária do dia 11 de fevereiro, elencou uma série de responsabilidades compartilhadas no cuidado com os terminais, conforme pactuado na cláusula 12 do contrato 082/2012 (Contrato de Concessão). Além das condições físicas das plataformas, itens de segurança também são obrigatórios, como a presença de brigadistas em todos os terminais.
 
Uma vez por semana, o vereador, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente,  utiliza o transporte coletivo como meio de transporte, alternando com a bicicleta, o carro e carona amiga, com o objetivo é incentivar práticas sustentáveis e sentir de perto a realidade dos sistemas de transporte em Campo Grande.
 
Novos terminais
 
Em 2011 projeto apresentado ao Governo Federal já previa a construção de quatro novos terminais em Campo Grande: nos bairros Parati, Tiradentes, São Francisco e na avenida Dos Cafezais, na região do Paulo Coelho Machado. No ano passado a proposta foi aprovada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana. R$ 180 milhões já estão empenhados para serem investidos em Campo Grande.
 
“Sabemos que a prefeitura está planejando a construção de mais quatro terminais. Este é o momento de identificar as fragilidades para que os projetos arquitetônicos beneficiem o conforto e acessibilidade dos passageiros. Nossa campanha visa sugerir melhorias e aprimorar os terminais, uma vez que acreditamos que isso aumenta o conforto dos usuários, incentivando a população a utilizar o transporte público”, destaca Eduardo Romero.
 
Bicicletários
 
Em agosto do ano passado, o vereador Eduardo Romero apresentou Projeto de Lei tornando obrigatória a instalação de bicicletários nos terminais e adaptação de chuveiros e vestiários em prédios públicos. O projeto foi aprovado por unanimidade na Casa de Leis e sancionado em setembro do ano passado. Para o vereador, tendo força de Lei, a construção dos novos terminais, prevista para este ano, já pode abranger um novo conceito. “Estas condições valorizam a mobilidade urbana sustentável e cria hábitos saudáveis na população, começando pelos servidores municipais. Entendemos que a colocação de bicicletários gratuitos é uma estratégia para o desenvolvimento da cidade”, defende Eduardo Romero.
 
Eduardo Romero explica ainda que o projeto é para instalação de bicicletários e não paraciclos. O bicicletário envolve infraestrutura, com grades, um local coberto e segurança. Já o paraciclo é um local para guardar bicicleta, mas o espaço é aberto e não há monitoramento do local, portanto a utilização ocorre por conta da responsabilidade do próprio usuário.
 
Lucas Junot 
Assessoria de imprensa do vereador