ícone whatsapp

Gestão Pública deve dar atenção à Santa Casa, avalia Dr. Sami

04.04.2017 · 12:00 · Vereador Dr. Wilson Sami

Maior hospital do Estado, a Santa Casa de Campo Grande há tempos sofre com superlotação e orçamento com défciti, o que mantém as contas da entidade no vermelho, prejudicando o atendimento e a gestão da unidade de saúde.

Na manhã desta terça-feira (4) o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande – Santa Casa, Esacheu Cipriano Nascimento, foi convidado a participar da sessão da Câmara Municipal e apresentar a prestação de contas da gestão da entidade no último ano.

Nascimento revelou que a Santa Casa recebeu R$ 242 milhões do município em 2016, o que equivale a 22% do orçamento da Saúde, que gira em torno de 1,1 bilhão.

“Esse valor não é reajustado desde 2012 e do total de atendimentos da Santa Casa, 62% é voltado ao SUS”, relatou o presidente.

Para o vereador Dr. Wilson Sami, a transparência da gestão da Santa Casa não é questionável, mas o panorama da saúde do município é preocupante e o Estado deve cumprir seu papel solucionar a superlotação e o orçamento deficitário.

“Há muitas questões complexas em relação ao atendimento do Sistema Único de Saúde. O valor por atendimento é repassado em um pacote, que não leva em consideração repetição de procedimentos, por exemplo, uma pessoa é atendida mas por algum motivo precisa passar pelo mesmo tipo de suporte médico ou clínico, o hospital não recebe por esse segundo atendimento, o que gera ônus para o hospital. O SUS paga por um pacote e a Santa Casa não é reembolsada como deveria”, avalia o vereador.

Com atendimento destinado à média e alta complexidade, como transplantes, a Santa Casa também está atuando em atendimento primário, superlotando os leitos e o caixa da entidade. Segundo Nascimento, a Capital necessita tanto de novos hospitais, como pleno funcionamento das UPAs (unidade de Pronto Atendimento).

Dr. Sami defende que a gestão pública volte os olhos à situação, recordando que, mesmo com outros grandes hospitais no Estado, a Santa Casa recebe pacientes de todo Mato Grosso do Sul.

“É uma conta que não bate. Acreditamos que as gestões públicas devem fazer sua parte e destinar recursos necessários para a manutenção adequada dos atendimentos, senão o balanço final fechará sempre no vermelho”, avalia o vereador, que é médico da rede pública da Capital há 27 anos.

Assessoria de Imprensa do Vereador