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Dr. Sami fortalece luta pela igualdade e fim da violência contra profissionais da saúde pública de Campo Grande

22.03.2017 · 12:00 · Vereador Dr. Wilson Sami

Lidar com vidas e com a saúde da população é uma grande responsabilidade e, além de longas jornadas, muitas vezes acompanhadas de ambiente insalubre e falta de estrutura adequada para o exercício da função, os profissionais da saúde de todos os segmentos são vítimas de violência.

Para debater o tema e buscar soluções efetivas para esse mal, que na manhã desta quarta-feira (22) foi realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, Audiência Pública sobre a violência sofrida pelos profissionais da saúde de Unidades Básicas de Saúde da Capital.

Os números são alarmantes. De acordo com dados do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) e Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) 17% dos médicos já sofreram algum tipo de violência e destes, 20% sofreu agressão física; em 70% destes casos, a agressão partiu de um paciente e 60% de violência ocorreram durante consulta. Outros 80% já sofreu agressão psicológica e ainda 84% sofreu agressão verbal. Por fim, em 85% dos casos, as agressões aconteceram no SUS (Sistema Único de Saúde).

Esse levantamento é de âmbito nacional, mas não é diferente da realidade de Mato Grosso do Sul, de Campo Grande. Durante a audiência, o secretário Municipal de Segurança, Valério Azambuja pontuou que que em cinco meses, a Capital registrou 13 ocorrências, onde houve registro de ocorrrência policial, mas que, segundo o secretário, não equivale nem a 10% dos casos de violência ocorridos no cotidiano da saúde regional.

Médico há 35 anos, dos quais há 27 atua na UBS (Unidade Básica de Saúde do bairro Silvia Regina, o vereador Dr. Wilson Sami (PMDB) enfatizou a importância do tratamento humanitário, tanto aos pacientes, quanto aos profissionais, fortalecendo a importância da prática do respeito, sob todas as circunstâncias.

“Sou médico de posto de saúde há 27 anos, tenho conhecimento de causa e é preciso humanizar o atendimento. Sabemos que a pessoa que busca atendimento está frágil, o atendimento precisa ser humanizado desde a recepção até o médico, mas o profissional precisa ser respeitado. Ele precisa dormir, ele precisa comer, ele tem família, tem contas a pagar, sente dor. Esse profissional precisa ter salário em dia, qualidade e condições de trabalho e tratamento igualitário, também desde quem faz a manutenção até o médico”, destacou Dr. Sami.

O vereador recordou ainda as longas jornadas que muitos profissionais da saúde são obrigados a executar, diante da baixa remuneração e da dificuldade em lidar com os crescentes casos de violência.

“Os médicos saem de plantões de 24 horas e seguem direto para outros atendimentos, muitos fazem isso porque precisam complementar a renda, a remuneração baixa que recebem e ainda convivem com as agressões, a violência. Precisamos resolver essa situação e acredito que a partir de agora haverá solução para isso, já que até hoje muito se falou mas pouco foi feito”, comentou.  

A Audiência Pública contou ainda com a participação do secretário Municipal de Saúde, Marcelo Vilela, representantes do Sindicato dos Médicos, Conselho Regional de Enfermagem, Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem e Sindicato dos Odontologistas.

Pela Câmara Municipal, integraram a mesa os vereadores Dr. Wilson Sami, Fritz, Enfermeira Cida, Valdir Gomes, André Salineiro, Pastor Jeremias Flores, Dharleng Campos e Chiquinho Telles.

Assessoria de Imprensa do Vereador