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Para vereador Betinho, a Orla Morena é um cartão de visita de Campo Grande e os projetos culturais têm que retornar para a localidade

02.12.2015 · 12:00 · Vereador Betinho

A pedido do vereador Betinho (PRB), a Câmara de Vereadores realizou nesta quarta-feira Audiência Pública Projetos Culturais e Esportivos na Orla Morena. Convocado pelas Comissões Permanentes de Educação e Desporto e de Cultura, o debate reuniu entidades diretamente ligadas e interessadas no assunto. Segundo representantes das instituições, que em novembro se reuniram com o parlamentar republicano, a realização dessa audiência se fez necessária porque o espaço está sendo subutilizado, devido a iniciativa de uma única moradora, que ao alegar transtornos nos arredores de sua residência, inviabiliza qualquer atividade no Anfiteatro da Orla, acionando corriqueiramente a Polícia Militar e até mesmo judicializando a questão. Por conta disso, para a realização de qualquer evento há um excesso de burocratização pela prefeitura de Campo Grande para a liberação do local.
 
Segundo entidades que marcaram presença na audiência, a moradora recorreu ao Ministério Publico Estadual (MPE-MS) para que as atividades culturais e esportivas não fossem mais realizadas na Orla Morena. Com a denúncia aceitada pela instituição, toda e qualquer projeto que começa a ser desenvolvido na localidade acaba sendo suspenso pelo poder público e repreendido pela polícia. Para presidente da Associação dos Amigos da Orla Morena, Ricardo Sanches, além de cercear a liberdade do restante da população, a proibição está restringindo a utilização de um espaço público. “Se você tenta fazer algo lá é ameaçado, é ameaçado pela polícia de maneira severa. É proibido de usar um espaço que é público, que todos nós pagamos”, afirma Ricardo Sanches.
 
A presidente do Grupo Teatral Adote – Cia Teatral “Ator Domingos Terras”, Beth Terras, ressalta que Campo Grande tem poucos espaços para que sejam desenvolvidos projetos culturais de companhias da cidade e do interior. E, a partir do momento que limitam as atividades na Orla Morena, estão, de certa forma, descartando a cultura da sociedade. “Vejo de uma forma muito lamentável este tipo de ação. Nós em Campo Grande não temos mais cultura. E a pouca cultura que sobrou virou uma coisa efêmera em nossa cidade. Nós temos um espaço todo para desenvolver e onde as pessoas possam conhecer o que temos para apresentar”, disse Beth Terras.
 
Para o vereador Betinho, é necessário uma resposta concreta do Ministério Público Estadual e dos demais órgãos público. “Vou recorrer ao MPE explicações para determinação do TAC, para que não seja desenvolvido ações culturais, esportivos e de lazer na Orla Morena. É um local importante não apenas para quem reside na região, mas, sim, para toda Campo Grande. A Orla se transformou no nosso cartão de visita e, além disso, se tornou em um local de encontros de toda família de campo-grandense. É inadmissível que o desejo de uma pessoa cerceia a liberdade de todos contribuintes que vislumbram no espaço uma alternativa lazer e cultura. Juntos vamos provar a importância desse espaço”, afirma o vereador Betinho.
 
Além do vereador Betinho, de Beth Terras e de Ricardo Sanches, fizeram parte da mesa: a diretora da União Municipal das Associações de Moradores (UMAM), Suely Marques; o presidente da Associação de Moradores da Vila Corumbá, Ramon Barros Cordeiro; o diretor de Esporte e Juventude da Associação Amigos da Orla Morena, John Terena; o representante dos membros da Galera do Patins, Maxi Willian Figueira; o presidente municipal de Juventude do PRB, Osíris Ribeiro de Sá; o presidente da Associação de Skate de Mato Grosso do Sul, Eric Fossati; o representante dos educadores da Orla Morena; o presidente do Conselho Regional da Região Urbana do Centro, João Eulogio; e a representante do Grupo de Ginástica da Orla, Idalete Vieira.
 
Assessoria de Imprensa do Vereador