16.05.2012 · 12:00 · Reunião
A Comissão Especial formada pelos vereadores Profª Rose, Alex, Flávio César e Paulo Siufi realizou na manhã desta quarta-feira (16) uma reunião com membros da SELETA (Sociedade Caritativa e Humanitária) e da OMEP (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar), juntamente com representantes do SENALBA (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social e Orientação e Formação Profissional de Mato Grosso do Sul) e da UGT (União Geral dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul) para definir uma solução sobre o movimento grevista dos funcionários do CEINF’s (Centro de Educação Infantil) e CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) de Campo Grande, que estão reivindicando melhores salários e condições de trabalho.
Na reunião, os parlamentares, por sugestão do vereador Alex, pediram para a categoria retomar o trabalho enquanto negociam com o sindicato patronal por intermédio dos vereadores de Campo Grande, como um ato amistoso de confiança, para incentivar o diálogo entre os dois lados. Como o Poder Executivo Municipal não enviou nenhum representante, o presidente da Comissão, vereador Paulo Siufi agendou uma nova reunião para a manhã desta quinta-feira (17), às 8h30, no gabinete da Presidência para que possam ser apresentados os números e valores tanto por parte dos sindicatos patronais quanto dos empregados para se chegar a uma solução sobre o reajuste da categoria.
O presidente do Secraso (Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Mato Grosso do Sul), João Baptista de Mesquita, da que faz parte a OMEP e a SELETA, explicou aos parlamentares que o Sindicato não possui mecanismos para garantir o reajuste, já que o pagamento dos funcionários terceirizados dos CRAS e CEINF’s é feito com repasse da Prefeitura Municipal. “Sem o aval da Prefeitura não podemos aceitar qualquer tipo de aumento, pois para isso precisamos de uma maior aporte de recursos”, salientou.
O advogado do SENALBA, Alexandre Moraes Canteiro explicou que a presença do Poder Público é de suma importância para que as negociações com os sindicatos patronais possam acontecer, já que os profissionais representados pelo SENALBA são terceirizados por meio da OMEP e SELETA, que recebem verba da Prefeitura Municipal para pagar o salário desses funcionários. “Precisamos do Poder Público nessa negociação, porque precisamos de verba pública para que o reajuste possa ser acordado. O acordo coletivo anterior só foi autorizado depois da confirmação pelo Poder Executivo do aumento do repasse. Temos que deixar claro que não vamos admitir ameaças ou perseguições aos grevistas, bem como descontos dos dias parados, afinal o direito de greve é uma garantia constitucional de todo trabalhado”, assegurou o advogado.
O presidente Paulo Siufi também declarou seu apoio e afirmou que os vereadores não admitirão retaliação e perseguição aos empregados grevistas. “Não vamos aceitar que esses funcionários sejam punidos por uma atitude constitucional”, afirmou Siufi.
A vereadora Professora Rose, relatora da Comissão Especial, destacou que o sentimento de todos é o mesmo. “O que todos aqui querem é uma melhor qualidade do ensino e o reconhecimento financeiro desses funcionários. Precisamos de uma solução construtiva para o assunto”, disse.
O vereador Carlão destacou que é importante o posicionamento da Prefeitura Municipal quanto a esse reajuste. “Não podemos acordar aqui um valor sem saber se a Prefeitura vai dar esse dinheiro para as entidades patronais. Por isso é importante que o Poder Público reconheça esses profissionais dos CENF’s e CRAS”, relatou.
O líder do prefeito, vereador Flávio César, se colocou a disposição da categoria para negociar o reajuste junto ao Executivo Municipal e lutar por melhores condições de trabalho. “Esses funcionários exercem um trabalho muito importante na nossa cidade e merecem todo o nosso apoio”, disse.
Paulline Carrilho
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal