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Vereadores destacam que não são contra a mudança para a Rodoviária, desde que haja um projeto de revitalização

09.04.2013 · 12:00 · Palavra Livre

 

A mudança da Câmara de Vereadores para a antiga Rodoviária foi a tônica dos debates na Palavra Livre na sessão ordinária desta terça-feira (9), unindo vereadores da base aliada do prefeito e da oposição que, em aparte ao discurso do vereador Mario Cesar, concordaram que o prédio do antigo Terminal Rodoviário não possui condições para abrigar a sede do Legislativo.

Em uníssono, os vereadores destacaram que não são contra a mudança, mas que a implantação do Legislativo no local deve ser precedido da elaboração de um Plano de Revitalização da Região, com um estudo técnico de impacto de vizinhança e impacto financeiro da obra.

 

O líder do prefeito, vereador Alex do PT afirmou que a após a visita realizada pelos vereadores no local ficou claro que o local não possui condições para receber a sede do Legislativo. “A meu ver não tem como ir para a Rodoviária do jeito que está, depois daquela visita eu vi que não tem como. Temos que sentar com o prefeito e achar uma solução para isso, fazendo o debate como deve ser feito. Outros órgãos municipais até podem ir para lá, que também pagam aluguel”, disse o vereador.

 

Em aparte, o vereador Paulo Siufi propôs que a Prefeitura poderia instalar no local cursos profissionalizantes por meio da Funsat (Fundação Social do Trabalho), “o que resgataria a região e traria o desenvolvimento para a cidade. Nunca antes fizemos tanta indicação, porque o povo está sofrendo com essa má administração”, disse Siufi.

 

O vereador Ayrton de Araújo afirmou que é contrário à mudança do jeito que está sendo feita. “Sou contrário, na situação que está, está uma novela sem fim, mas a verdade é que tem que resolver. Respeitar a Câmara é um ponto forte, pois ele não está respeitando. Tem que tomar uma decisão, ou constrói uma câmara nova e agrega também o Paço Municipal, que está um lixo, ou nos deixa aqui mesmo”, afirmou.

 

Para o vereador Vanderlei Cabeludo, a questão é uma responsabilidade do Executivo, que tem que dar condições para o Legislativo trabalhar. “Isso é lei. Temos que ver o custo benefício dessa mudança. Estivemos lá e sabemos que ali a grande maioria daquele local é dos lojistas, apenas uma pequena parte que é de direito da Prefeitura. Não tem como ir para qualquer lugar que seja, que não tenha condições para 29 vereadores trabalharem”, revelou Cabeludo.

 

Em seu discurso, o vereador Edil Albuquerque revelou que quando estava na Sedesc realizou um levantamento detalhado da situação da antiga rodoviária. “Fizemos um levantamento loja por loja, pessoa por pessoa, com IPTU anexado. E cada situação é uma situação, tem situação de pessoa que morreu, tem situação de loja com problema de inventário, tem pessoa que está devendo, tem pessoa que quer vender, pessoa que não quer vender. O próprio estacionamento está com problema. O que o prefeito vai fazer com esse custo de acomodação e de mudança dos vereadores para lá? Somos minoritários, temos que partir para outra coisa, temos que pensar que o tempo corre, temos que comprar esse espaço. Esse espaço aqui já teve casamento, formatura. Temos que perguntar se a sociedade que usa esse espaço quer que saiamos daqui”, questionou o parlamentar.

 

De acordo com a vereadora Carla, “quanto aos equívocos do prefeito, as conseqüências o tempo demonstrará, agora enquanto aos equívocos administrativos, não podemos nos furtar da nossa função de fiscalizadores. Quero sugerir que o nobre vereador Edil traga todo o levantamento que ele fez no que tange àquelas propriedades, pois não é uma propriedade só, são 233 proprietários e temos que levar em consideração tudo que isso acarreta, como precariedade, dívidas e o problema do entorno. Os moradores da região merecem, sim, um projeto de recuperação daquela área”, avaliou a vereadora.

 

Já o vereador Coringa disse que “Tenho certeza que a Câmara não é a Casa dos vereadores, Casa do povo. O prefeito quer que o povo vá para a rodoviária do jeito que está? Temos que chamar o prefeito para conversar e explicar que aqui não tem vereador maldoso. Sou favorável à mudança, desde que se tenha um plano, um projeto. Temos que ter um centro administrativo, com prefeitura, secretarias, tudo junto, porque tem secretaria pagando R$ 13 mil de aluguel”, relatou.

 

Segundo o vereador Otávio Trad o problema central é a questão do tempo escasso para achar uma solução. “O problema não é para onde vamos, mas como vamos solucionar esse problema de forma definitiva, porque depois que a Câmara for notificada pela Justiça começa-se a contar esses 6 meses e não terá mais dilação de prazo”, disse.

 

O vereador Carlão enfatizou que “o prefeito tem que entender que a Câmara é um outro poder, temos que ser respeitados. O prefeito não está tendo respeito com essa Câmara. Ele foi vereador e sabe que a Câmara tem um peso, aqui é a Casa do povo, conheço a rodoviária, já trabalhei lá e afirmo que aquilo lá tem que ser demolido, não tem condições elétricas, sanitárias para instalar nada lá, qualquer reforma custará o dobro para arrumar o local”, explanou o parlamentar.

 

O vereador Airton Saraiva cobrou a formação de uma comissão da Prefeitura para conversar com os vereadores para acharem uma solução comum para o impasse. “Tem que parar essa ladainha do prefeito e cobrar cadê a comissão que o prefeito tem? Para vir conversar com a comissão de vereadores? Esperamos que ele possa abrir a conversa para que possamos conhecer o Projeto que o prefeito vai nos apresentar, para discutirmos junto com todos os vereadores”, disse.

 

O vereador Alceu Bueno alegou que o prédio da antiga Rodoviária “não tem condições de abrigar a Casa, não temos tempo hábil, ainda tem o custo da desapropriação. Lá não tem as condições mínimas exigidas. Só temos apenas 6 meses, já se passaram mais de 2 meses, não temos outra saída senão ficar aqui”, afirmou.

 

Para o vereador Paulo Pedra a única solução para a antiga Rodoviária será implodir o local. “Se não implodir pode esquecer, quem quiser um meio termo está se iludindo, porque o problema do entorno não será resolvido assim. Estamos esperando efetivamente o prefeito nos apresentar um projeto descente. Cadê o plano, cadê o projeto para ir para a rodoviária?”, argüiu o vereador.

 

O vereador Cazuza afirmou que apóia a idéia da revitalização e do movimento de apoio à mudança pra a antiga Rodoviária. Apóio a valorização dos comércios e das residências. Quanto à ida da Casa de leis, estou tranqüilo, pois sei que a vereança não depende do local da Câmara. Não será o local que nos impedirá de fazer o nosso papel, que é servir o povo. Se o prefeito construir local novo, ficar aqui ou for para a rodoviária, será muito bom, qualquer solução será muito boa. Quero ser representante do povo em qualquer lugar que o Legislativo esteja”, afirmou.

 

Paulline Carrilho
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal