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CPI ouve Salute e convoca secretários e responsável pela Central de Compras do município

12.08.2013 · 12:00 · CPI

O empresário Érico Chezini Barreto, um dos sócios proprietários da Salute Distribuidora de Alimento, foi ouvido nesta segunda-feira (12) pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada na Câmara Municipal que investiga a suposta inadimplência da Prefeitura com fornecedores e prestadores de serviço.

Em seu depoimento, Érico destacou que a Salute começou a operar no início de abril. Questionado sobre os baixos valores apresentados pela empresa durante pregão presencial, o empresário afirma que não existe segredo para os preços abaixo dos de mercado. A empresa foi vencedora em 43 itens de aproximadamente 60.

“Quando viemos com essa proposta, foi de fazer uma empresa enxuta. Trabalhamos de forma justa no mercado. Como temos essa logística terceirizada, conseguimos esse preço”. “Nós estudamos alguns preços e, em algumas situações, os preços do atacadista são mais baratos que nas indústrias. Às vezes é mais barato para nós comprar no atacadista aqui”, explicou.

O produto que mais causou discussão entre os vereadores foi o achocolatado, orçado durante o pregão pela Salute em R$ 0,72 (setenta e dois centavos), mas que após assinar o contrato com a Prefeitura subiu em menos de 30 dias para R$ 1,54 (um real e cinquenta e quatro centavos), o preço máximo pedido pelo Executivo durante o pregão. Para o vereador Elizeu Dionizio, o valor deveria ser mantido por pelo menos 60 dias. "Lance dado em pregão é proposta", destacou.

Segundo Érico, a Salute conta hoje com um corpo de quatro funcionários e trabalha com outra empresas tercerizadas. "Meu escritório é administrativo. Não preciso de licença sanitária. Nós estamos dentro do enquadramento pedido pela Prefeitura", disse. Perguntado sobre o caso de algum serviço não ser cumprido pelas empresas contratadas, o empresário garantiu que "se acontecer algo quem será responsável é a Salute".

O vereador Paulo Siufi, presidente da comissão, questionou essa tercerização. "Ele não tem alimento, não tem caminhão e não tem local de estoque?", indagou, dizendo ainda que vai questionar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a isenção de licença sanitária.

Durante a oitiva, foram requisitados documentos da Salute, como contratos com empresas terceirazadas, notas de compras realizadas e de romaneio. A empresa terá 48 horas para responder o requerimento da comissão.

Próxima oitiva – No dia 19 de agosto (segunda-feira), a partir das 8h30 da manhã, ocorrerão mais três oitivas. Foram convocados o secretário de Administração, Ricardo Trefzger Ballock, o secretário de Educação, José Chadid, e um representante da Cecom (Central de Compras), que ainda não foi definido.

Vitor Yoshihara
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal