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Em audiência, população reforça necessidade de conservação e uso racional da água

19.03.2015 · 12:00 · Audiência Pública

Representantes de diversas entidades reforçaram, durante audiência pública nesta quinta-feira (19), a necessidade de conservação e uso racional da água em Campo Grande. O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara Municipal e teve como objetivo discutir medidas e planos a serem adotados para preservar o recurso.
 
“É uma problemática que o Brasil está vivendo, como é o caso de São Paulo. Não podemos esperar que ela ocorra por aqui para tomarmos medidas”, avisou o Romero, que preside a Comissão, também composta pelos vereadores Engenheiro Edson, Thais Helena, Gilmar da Cruz e Dr. Loester.
 
A audiência reuniu docentes, membros de associações, conselhos, Prefeitura, Governo do Estado, além de profissionais da área ambiental e alunos de escolas públicas de Campo Grande. Para o major Edmilson Queiroz, comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental), a melhor forma de difundir a conservação da água é a educação.
 
“Sem o equilíbrio ecológico, não há qualidade de vida. Se você não tem flora, não tem recursos hídricos. Se você contamina seu lençol freático, você não tem água. Esse complexo que buscamos preservar. A prevenção é educação. Investimos na educação ambiental de uma forma lúdica. Todos os dias buscamos parceiros para isso”, afirmou.
 
A opinião é endossada por Helena Clara Kaplan, da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil). “Eu sofro por São Paulo, sou de lá, mas quero mudar aqui. Eu mudo hoje. Estou formando cidadãos melhores para o mundo mudando minhas atitudes. É difícil, mas só começa pelo primeiro passo”, disse.
 
Águas Guariroba – Números apresentados durante a audiência mostram que a rede de Campo Grande é abastecida, em 54% de seu total, por duas bacias: Guariroba e Lageado. O restante da água que sai das torneias da população provém de redes subterrâneas: são 144 poços instalados sob responsabilidade da Águas Guariroba, empresa responsável pelos serviços de água e esgoto na Capital.
 
Para o presidente da concessionária, José João Fonseca, o investimento é muito importante, tanto no sistema de coleta de esgoto, como no de abastecimento. “Hoje, 75% da população tem esgoto coletado e tratado. Nossa capacidade de produzir é 35% maior que a demanda da cidade”, apresentou.
 
Ainda segundo ele, antes de a empresa assumir os serviços, as perdas chegavam a 56%. Hoje, esse percentual caiu para 17%. “De cada 100 litros produzidos na estação, 56 eram perdidos antes de chegarem às casas. Praticamente todo o Brasil tem esse nível de perdas. Tem lugares que é 80%. Hoje, a perda é de 17%. nós tivemos muitos milhoes de investimentos para chegar nesse nível de perda”, afirmou.
 
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal