22.10.2019 · 12:00 · Vereador Eduardo Romero
A ANEEL abriu consulta pública sobre mudança nas regras para geração distribuída de energia. Em resumo, hoje quem produz energia solar joga na rede de distribuição. A empresa de energia devolve em crédito sobre o produzido que pode chegar até 100%. A ANEEL quer taxar quem produz e dar o direito da concessionária de energia de cobrar 32% do gerado.
É ameaçadora a proposta da ANEEL em taxar o valor da energia produzida a partir das placas solares. O Brasil, na verdade, necessita é de políticas públicas para incentivo da produção desta energia limpa que, além de ter um contexto positivo economicamente falando, tem importância ambiental
Vale lembrar que no ano passado o BNDES liberou uma linha de crédito visando incentivar a adoção de painéis solares por pessoas físicas. O fato de o consumidor produzir já é benéfico para as empresas de energia elétrica do modo ‘tradicional’, pois elas economizam na geração.
Foi também proposta de Marina Silva (REDE), como candidata a presidente da República, de ampliar a participação da energia solar na matriz energética brasileira, que é um pensamento que este parlamentar defende. Inclusive, é de autoria deste vereador lei municipal que incluiu a energia fotovoltaica na lista de itens possíveis para desconto do IPTU, o chamado IPTU Verde.
Assistir esta discussão com a desculpa de que a ANEEL é um órgão independente e que o atual diretor foi colocado no cargo pelo governo anterior é, no mínimo, pensar que o cidadão é desprovido de raciocínio. Quem tem o controle do Brasil tem as responsabilidades e propriedade de caneta para repensar esta ideia que pode inviabilizar a geração distribuída por energia solar no País.
Assessoria de Imprensa do Vereador