Em audiência pública sobre portaria do Ministério das Cidades, Chiquinho Telles alerta para risco de desemprego no setor

O vereador Chiquinho Telles (PSD) presidiu nesta manhã a audiência pública que discutiu a portaria 160 do Ministério das Cidades fixando novas normas para o projeto Minha Casa Minha Vida, que prevê que as casas sejam construídas somente em vias já asfaltadas. O projeto pegou a todos do ramo de construção civil de “surpresa” e gerou descontentamento. A audiência lotou o plenário Olivia Enciso na Câmara Municipal e recebeu trabalhadores do setor, empresários, construtores, comerciantes, engenheiros e representantes da Semadur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano).

 

“A portaria é preocupante porque vai onerar diretamente o pequeno construtor e afeta o trabalhador que necessita de melhores condições para conquistar a tão sonhada casa própria com o projeto Minha Casa Minha Vida”, afirmou Chiquinho durante a audiência.

 

Ele que é presidente da Comissão de Obras alertou sobre a necessidade de encaminhar as solicitações do setor aqui do Estado para Brasília. “Vamos fazer todos os encaminhamentos levantados aqui, porque são 14 mil trabalhadores diretos com risco de desemprego, são milhares e milhares de famílias atingidas diretamente, fora os que são atingidos indiretamente”, lembrou. 

 

Vanessa Coin, que é comerciante na área, lembrou sobre os absurdos da portaria e quanto os setores podem ser prejudicados. “Ninguém vai construir onde não tem asfalto, inclusive é uma forma de levar benfeitorias quando há um maior número de construções”, alertou.

 

O construtor Celso Gazolla colocou a situação de forma a unir a categoria. “Precisamos deixar a política de lado e entender que acabou a eleição. Temos que pensar nos problemas que possam ser gerados, que é a questão do desemprego de famílias. Precisamos olhar para o coletivo, as pessoas que serão impactadas”. 

 

Diante disso, o presidente do sindicato dos trabalhadores em Construção Civil lembrou a importância da categoria. “Nós sabemos que a construção civil movimenta a economia do Brasil, estão deixando pais de família desempregados, isso que é preocupante e deve ser revisto”, afirmou José Abelha Neto.

 

Com os levantamentos feitos, as deliberações da audiência pública foram lavradas em ata e agora terão os respectivos encaminhamentos. “Além disso, vamos encaminhar para a bancada federal, para os deputados federais e senadores que representam Mato Grosso do Sul e também para o Ministério das Cidades, e outros órgãos”, finalizou Chiquinho Telles. 

 

Liziane Berrocal 
Assessoria de Imprensa do Verreador