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Para reduzir casos de sífilis, enfermeira alerta sobre proteção e tratamento

17.10.2019 · 12:00 · Palavra Livre

Diante do aumento dos casos de sífilis nos últimos anos em todo País, a enfermeira Isabelle Mendes de Oliveira, apoiadora do Projeto “Sífilis Não” do Ministério da Saúde, falou na Tribuna, durante a sessão ordinária desta quinta-feira com objetivo de sensibilizar sobre a prevenção. Somente neste ano, já foram notificados 1.076 casos da doença. O convite para abordar o assunto foi feito pelo vereador Fritz, pois no terceiro sábado de outubro lembra-se o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. 

“A sífilis é uma doença antiga, existe tratamento, é de fácil testagem e tem cura”, reforçou a enfermeira. A doença pode ser transmitida por via sexual, de forma congênita de mãe para filho ou pelo sangue. Nas fases clínicas, a sífilis manifesta-se nos estágios primário, secundário, terciário e latente, podendo aparecer, por exemplo, lesões na pele, manchas na palma da mão e feridas. Nas crianças, pode ocorrer pneumonia, aumento do fígado e baço, lesões na pele, feridas e problema na dentição depois de dois anos de infecção.  

Por tratar-se de Doença Sexualmente Transmissível (DST), o uso correto e regular da camisinha é medida importante de prevenção. Ainda, é importante o acompanhamento de gestantes durante o pré-natal para reduzir os casos de sífilis congênita. Em 2017, no Brasil, foram registrados 119 mil casos de sífilis adquirida. “Em Mato Grosso do Sul, a taxa também está alta”, disse. 

Em Campo Grande, foram 1.563 casos notificados de sífilis adquirida em 2017, outros 2.262 em 2018 e neste ano 1076. Os dados mostram o aumento considerável, pois em 2014, por exemplo, eram notificados 625. O tratamento é feito a base de penicilina benzatina (benzetacil), que chegou a ficar em falta no ano de 2017 em todo o País. Atualmente, a distribuição foi regularizada. “Hoje, não temos a dificuldade de tratamento. Em qualquer unidade, consegue teste rápido, faz tratamento e acompanhamento”, disse. 

“Estou aqui para sensibilizar e mostrar a importância da prevenção. Os casos da doença estão aumentando e dificultando a qualidade de vida da população”, afirmou a enfermeira. Ainda, ela ressaltou o trabalho que está sendo feito como alerta nas escolas e, inclusive, com os idosos. 

O vereador Fritz, autor do convite para a profissional falar na Tribuna, comentou que a sífilis é negligenciada, “tanto pela sociedade que tem práticas sexuais com vários parceiros sem proteção, quanto pelo poder público que não organiza devidamente os serviços, para contar com os medicamentos para tratamento quanto para o pré-natal”.

Milena Crestani 

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal