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Jamal presta contas e critica demora no andamento de obras: ‘A coisa não anda’

27.05.2015 · 12:00 · Audiência Pública

Durante audiência pública de prestação de contas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), na tarde desta quarta-feira (27), o titular da pasta, Jamal Salém, criticou a demora no andamento das obras de diversas unidades de saúde da Capital. Segundo ele, em muitos casos, o dinheiro para os trabalhos “já está na conta”, mas as obras não saem do papel.
 
“Temos dois tipos de obras: as que têm apenas recursos federais, e as que precisam de cursos do tesouro. Nós temos cobrado agilidade e rapidez para concluir essas obras. Gostaria de pedir que a Comissão de Saúde [da Câmara] interfira, saber por que não está em andamento. Já cobramos o Caco [Waltemir Alves de Brito, secretário de Obras] e a coisa não sai. Você combina hoje, passa um dia a esquecem”, desabafou Jamal.
 
A reunião foi convocada pela Comissão Permanente de Finanças e Orçamento da Câmara, composta pelos vereadores Carla Stephanini (presidente), Eduardo Romero (vice), Herculano Borges, Prof. João Rocha e Carlão, e também pela Comissão Permanente de Saúde, composta pelos vereadores Paulo Siufi (presidente), Dr. Loester (vice), Alex do PT, Luiza Ribeiro e José Chadid.
 
Em sua fala, Jamal apresentou receitas e despesas da pasta, além dos resultados de auditorias realizadas por órgãos de controle externo. Também, contratações e cobertura populacional alcançada pelas equipes de saúde da pasta. 
 
Para ele, muitas das obras não são concluídas por opção dos próprios empreiteiros. “O dinheiro existe, está na conta, e fica parado. A coisa não anda. Aquela empreiteira que às vezes pegou obra mista, 100% com recurso federal e obra que é com recurso do tesouro, fica com medo de fazer tudo. Tem que chamar essas empreiteiras e falar: ‘essa aqui o dinheiro está na conta, pode terminar’. Eu preciso desabafar isso. Somos criticados, acham que a secretaria não faz”, continuou o secretário.
 
Entre as unidades que estão em atraso, estão as dos bairros Jardim Presidente, Jardim Paradiso, Cristo Redentor, Oliveira, Zé Pereira, Sírio Libanês, Jardim das Perdizes, Ana Maria do Couro e Parati. 
 
Jamal também criticou a demora na Cecom (Central de Compras) da Prefeitura. Segundo ele, em alguns casos, os medicamentos podem demorar até seis meses para serem entregues, se seguido o trâmite burocrático. 
 
“Às vezes falta medicamento e a culpa não é nossa. A Saúde tem que ter, talvez, uma licitação própria para ser mais ágil. Às vezes você compra dipirona para dar para três meses, e você gasta em dois meses. Às vezes, você espera seis meses pra chegar. A coisa é séria”, desabafou. “Tem problemas, sim, na Secretaria de Obras, porque está tendo muito atraso, e também na Cecom, porque demora o andamento das licitações”, completou.
 
Para a vereadora Luiza Ribeiro, o desabafo do secretário é “absurdo”. “Todo quadrimestre a pasta apresenta o relatório e é a mesma coisa. Eu fui visitar algumas obras. E as que são financiadas pelo Ministério da Saúde? Tem obra que está com 90% em andamento. Até mesmo as reformas, a gente não vê resultado”, disse.
 
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa do Vereador