14.09.2011 · 12:00 · Audiência Pública
Representantes do segmento de fisioterapia do município de Campo Grande estarão se reunindo com o prefeito Nelson Trad Filho, o presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache e o diretor-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), César Luiz Galhardo para apresentar as reivindicações debatidas durante a Audiência Pública realizada nesta quarta-feira (14), na Câmara Municipal.
A categoria exige reconhecimento profissional e melhor condição salarial. “Por ano em torno de três a cinco clínicas fecham as portas e essa situação está em todo Mato Grosso do Sul e se estende para o restante do país. A cada 100 clínicas do setor, 50 por cento estão no vermelho. Muitos profissionais deixam a profissão e pacientes acaba abandonando o tratamento caindo a qualidade no serviço”, explicou o presidente a Associação dos Serviços de Fisioterapia de Mato Grosso do Sul (Asserfis/MS).
"O Conselho trabalha e zela pelo usuário. O nosso cliente para ser bem atendido tem de estar satisfeito e o profissional que não está satisfeito atende bem seu paciente”, acrescentou o conselheiro do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Rodrigo Lucchese Cordeiro.
Segundo o vereador e presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi a profissão de fisioterapia tem se deteriorado ao longo do tempo. “Muitos são escravizados por profissionais médicos. Fico entristecido por esses profissionais estarem tão maus remunerados. Hoje os planos de saúde, praticamente estão terceirizando os serviços. O profissional quando não é valorizado ou ele abandona a profissão ou vai para outro caminho. Campo Grande pode ser uma célula que vai se multiplicar com indicativos apresentados. Vamos nos irmanar com a dor de vocês e tomar providências”, disse Siufi que é médico pediatra há mais de 20 anos.
Na oportunidade, a presidente da Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos vereadora Magali Picrelli lembrou da Lei Municipal de sua autoria, que inclui a prestação dos serviços de fisioterapia na rede pública de saúde da cidade. “Já havia levado ao prefeito a reivindicação para realizar concurso público para esses profissionais. Hoje vejo pessoas indo no Cem sendo atendidas. Quem pode melhorar o que vocês ganham é o Executivo”, lembrou Magali.
Serviço- A Audiência Pública, realizada nesta quarta-feira (14), para debater sobre a revisão dos honorários recebidos pelos serviços de fisioterapia de Mato Grosso do Sul e a elaboração de cartilha em conjunto com as entidades de classe, estabelecendo parâmetros para a fiscalização da vigilância sanitária foi organizada pela Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos, composta pelos vereadores Magali Picarelli (presidente), Athayde Nery (vice) e Alex (membro). A reunião a ser realizada com o chefe do Executivo Municipal ainda não tem data definida.
Ana Rita Chagas
Assessoria de Imprensa Câmara Municipal