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Duplicação da BR-163 volta a ser tema de audiência realizada pela Câmara

12.06.2015 · 12:00 · Audiência Pública

A duplicação da BR-163 e suas consequências para a população voltaram a ser tema de debate, nesta sexta-feira (12), em audiência pública convocada pela Câmara Municipal. Esta foi a segunda realizada sobre a obra e, desta vez, abordou o impacto que a intervenção terá no trecho compreendido entre a rotatória localizada na Avenida Gury Marques até o distrito industrial norte.
 
Em regra, os participantes do debate, a maioria empresários com empreendimentos às margens do anel viário, cobraram soluções definitivas, e não ‘improvisos’, para novas intervenções não precisarem ser feitas no futuro. Além disso, sugeriram mudanças, como mais retornos e rotatórias no entorno da cidade. “O improviso não deve existir. Tem que ser definitivo. Tudo que for feito, tem que ser para sempre”, disse um dos participantes.
 
Na primeira audiência sobre o tema, a Câmara discutiu o impacto da obra para os moradores do distrito de Anhanduí, que temem queda nas vendas das lojas localizadas às margens da BR-163 – o local é ponto tradicional e a principal fonte de renda de boa parte dos moradores da comunidade. Recentemente, o vereador Mario Cesar, presidente da Câmara, também reuniu os moradores do distrito para novo debate
 
O vereador Mario Cesar, que convocou a audiência de hoje, levantou uma série de questionamentos que devem ser sanados antes de as obras chegarem até Campo Grande. 
 
“O que sabíamos, era que passaria lá por fora e que não iria impactar tanto. Que não iria dividir o perímetro urbano, até por conta das desapropriações. Como vai ser feito todo o investimento? O planejamento que fizemos com Porto Seco e os polos industriais? Vejo a duplicação passando por dentro do município e sem essa preocupação em se discutir antes de fazer o projeto”, disse o parlamentar.
 
A concessão da BR-163, que possui 847 quilômetros em território sul-mato-grossense, foi concluída em maio do ano passado. Em outubro, a CCR MSVia assumiu o controle por um prazo de 30 anos, o que vai gerar bilhões em impostos ao Estado. Segundo Claudemir Alves Mata, relações institucionais da empresa, a idéia é duplicar toda a BR, conhecida como “Rodovia da Morte”, nos próximos cinco anos.
 
“No projeto, não se via nenhuma intervenção em Anhandui, apenas uma passarela. Dividia Anhandui em duas. A proposta não é ficar no discurso, mas que saiamos daqui com uma comissão, ir à Brasília e pedir apelo a nossa bancada federal. A Câmara de Vereadores está atenta a isso, pois vai impactar no nosso dia a dia”, avisou o parlamentar.
 
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal