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Chiquinho Telles vai abrir procedimento para instalação de CPI da Santa Casa

07.08.2017 · 12:00 · Vereador Chiquinho Telles

Conforme reportagem divulgada pelo portal “Correio do Estado”, o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Chiquinho Telles (PSD), vai protocolar nesta segunda-feira pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa de Leis para averiguar como a direção da Santa Casa está utilizando o dinheiro repassado pela Prefeitura. “Precisamos saber para onde está indo os recursos”, argumentou.

O fechamento dos portões da Santa Casa para atendimentos de urgência e emergência e o impasse que emperra a assinatura da contratualização com a Prefeitura de Campo Grande preocupam o parlamentar.

Para abrir uma CPI será necessário colher  10 assinaturas dos demais vereadores, além de definir objeto a ser apurado e lapso temporal. Chiquinho acredita que não haverá objeção.

Com a abertura da CPI, Chiquinho Telles não descarta também  a visita de integrantes da Câmara Municipal de Campo Grande à Santa Casa, que terá como objetivo uma vistoria para identificar superlotação. “Essa expedição poderá ocorrer na quarta-feira”.

Situação preocupante

A direção da Santa Casa decidiu, desde o último dia 2, fechar os portões da entrada de emergência com cadeado, deixando vítimas de acidentes e de outros casos de urgência sem atendimento, o que sobrecarregou o Hospital Universitário e o Hospital Regional.

Conforme noticiou o Correio do Estado, na noite de sábado (5), viatura dos Bombeiros foi orientada pela Central de Regulação a levar paciente com hematomas para a Santa Casa, mas os funcionários que estavam de serviço negaram-se a abrir o portão e houve demora de cerca de 40 minutos para ocorrer o atendimento.

Os dois porteiros da Santa Casa chegaram a ser detidos e os próprios bombeiros de plantão abriram o cadeado para encaminhar a vítima para atendimento.

O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, confirmou que acionará o Ministério Público Federal para identificar a legalidade do procedimento tomado pela Santa Casa.

A prefeitura e a direção do hospital não chegaram a um consenso para realizar a assinatura de contratualização. O maior impasse refere-se à forma de pagamento que é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que paga por produção os procedimentos realizados. A Santa Casa discorda do método.

Entenda o caso

A Prefeitura de Campo Grande contrata a Santa Casa para realizar atendimentos de urgência, emergência e outros procedimentos de média e alta complexidade.

Há recursos repassados pelos governos federal, estadual e municipal que totalizam em torno de R$ 20 milhões mensais.

O contrato entre a administração municipal e o hospital, que é gerido pela Associação Beneficente Campo Grande (ABCG), venceu em dezembro de 2016. Enquanto não há definição, os repasses acontecem por meio de aditivo.

*Assessoria de Imprensa do Vereador, com informações do Correio do Estado