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Especialista afirma que a Prefeitura não controla a prestação efetiva do serviço de transporte em Campo Grande

29.04.2025 · 7:32 · Vereadora Luiza Ribeiro

Durante a primeira oitiva da CPI que investiga as falhas no transporte público de Campo Grande, realizada nesta segunda-feira (28), a especialista em mobilidade urbana, Lúcia Maria Mendonça, afirmou que a Prefeitura não exerce controle efetivo sobre a prestação do serviço à população.

Indicada pela vereadora Luiza para contribuir com a CPI, a especialista destacou que falta gestão sobre dados essenciais, como o número de usuários e o uso real do sistema. Segundo ela, é fundamental que a administração municipal assuma o controle da bilhetagem e da arrecadação do sistema, garantindo mais transparência no fluxo de receita e no cálculo das tarifas cobradas da população.

“Hoje, a receita é tratada sem qualquer transparência. A bilhetagem deveria ser controlada pela Prefeitura, e a receita precisa ser pública para que todos possam acompanhar. Mobilidade é garantir deslocamento confortável, e o lucro das empresas deve ser regulado por contrato, não pela arrecadação”, afirmou Lúcia.

A especialista também defendeu a criação de um Novo Marco da Mobilidade Urbana para a cidade, apontando que os terminais de ônibus precisam ser locais de descanso para os usuários e que o sistema pode ser operado por empresas privadas, desde que haja fiscalização rígida da Prefeitura, sem a formação de monopólios.

Entre as propostas apresentadas, Lúcia explicou a diferença entre tarifa técnica e tarifa política, reforçando que o cálculo da passagem deve ser transparente e justo, com o objetivo de equilibrar receita e custo, e não gerar lucros excessivos. “Foram contribuições técnicas fundamentais para os trabalhos da CPI que busca apurar as responsabilidades, e irregularidade, e apontar caminhos para garantir um serviço mais eficiente e digno para a população de Campo Grande” finalizou a vereadora.

Assessoria de Imprensa da Vereadora