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“Casa República vai acolher jovens de 18 a 21 anos e prepará-los para a vida”, diz Betinho

09.09.2022 · 12:00 · Vereador Betinho

Vereador articula manutenção de entidade que vai acolher jovens fora do convívio familiar

Deve ser inaugurada em novembro, em Campo Grande, a primeira “Casa República” de Mato Grosso do Sul, entidade que vai acolher jovens de 18 anos fora do convívio familiar, oferecendo a eles assistência psicossocial e qualificação para o mercado de trabalho. O vereador Betinho (Republicanos) é um dos responsáveis pela manutenção do projeto.

Ele começou a discutir a proposta em 2020, a partir de uma demanda apresentada pela juíza da Criança e do Adolescente Katy Braun. De acordo com a magistrada, muitos jovens eram retirados do convívio familiar e abrigados em casas de acolhimento, onde recebiam toda atenção necessária. Porém, eram atendidos até completarem os 18 anos.

Após isso, deveriam seguir o próprio rumo. No entanto, muitos deles, até mesmo pela infância conturbada, não tinham amparo, tampouco experiência para iniciar uma nova vida. Por este motivo, havia a necessidade de prepará-los melhor, para que conquistassem sua independência. Daí surgiu a oportunidade de criação e manutenção da Casa República.

“Vamos acolher os jovens dos 18 anos até os 21 anos. Lá, vão receber orientação de assistentes sociais, psicólogos e também qualificação profissional, para que possam sair dali ainda melhores, preparados para construírem uma vida mais digna, constituírem uma família. Este é o papel do poder público, atender quem está em situação vulnerável”, disse.

Recursos

O vereador ressaltou que, a pedido da juíza, articulou com os demais parlamentares a obtenção de recursos para tornar o projeto viável. Ele destinou R$ 50 mil em emendas do FMIS (Fundo Municipal de Investimento Social) para a reforma do prédio. Os demais vereadores destinaram mais R$ 50 mil e a Associação dos Anglicanos Solidários de Campo Grande, responsáveis diretos pela gestão, providenciaram mais R$ 120 mil.

O valor foi destinado a obras e aquisição de materiais. Além disso, na condição de presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, Betinho é relator da LOA (Lei Orçamentária Anual do Município) e apresentou à Prefeitura emenda para que o Executivo custeie a operacionalização e manutenção da Casa República.

A emenda foi aprovada pelos vereadores, num contexto geral de R$ 8,7 milhões, dentro os quais 50% ficam com a Saúde e 50% com a Assistência Social. Neste sentido, as duas pastas terão recursos para oferecer os serviços aos jovens. “O projeto está muito bem encaminhado. A expectativa é de que em novembro já comece a funcionar”, afirmou Betinho.

Amparo

A juíza Katy Braun reforçou que nem todas as crianças afastadas de suas famílias são adotadas, o que faz com que permaneçam nos serviços de acolhimento familiar ou institucional até os 18 anos e, na maioria dos casos, não estão prontas para iniciar uma vida independente e exercer sua maioridade com responsabilidade.

“[…] nós sabemos que os jovens não estão preparados para o exercício da cidadania com responsabilidade e também para o autossustento. Daí a importância deste serviço de República, porque vai permitir que o jovem sem apoio familiar permaneça em uma instituição mantida pelo poder público e com isso recebe atenção psicossocial e jurídica. Também de uma forma gradativa, vai assumir os compromissos da vida adulta. Campo Grande precisa muito deste serviços e estamos muito satisfeitos”, pontuou.

Renan Nucci
Assessoria de Imprensa do Vereador