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Alex entrega por escrito perguntas à Junta Administrativa da Santa Casa

27.10.2011 · 12:00 · Reunião

 
A Comissão Especial para Acompanhamento dos Problemas da Santa Casa da Câmara Municipal, formada pelos vereadores Alex (PT), Dr. Loester (PMDB), Athayde Nery (PPS), Paulo Pedra (PDT) e Thais Helena (PT), acompanhada pelo presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), esteve reunida na manhã da última quarta-feira (26) com membros da Junta Administrativa da Santa Casa para debater o fechamento do setor de psiquiatria do hospital, conforme denunciado em reportagem na imprensa local.
 
 
A reunião contou com a presença de Issam Moussa e Antônio Lastória, membros da Junta Administrativa, e do chefe do setor de psiquiatria, Dr. Luiz Salvador de Miranda Sá, que explanaram aos vereadores as dificuldades enfrentadas pelo serviço de psiquiatria, que está superlotado.
 
 
Também estava na pauta de discussão outra denúncia feita por jornal impresso da Capital, segundo o qual a Santa Casa estaria diferenciando o atendimento aos pacientes. de acordo com a reportagem, enquanto existem doentes mal assistidos – e muitas vezes esparramados nos corredores por falta de leitos –, os pacientes inscritos em convênios particulares gozam de disponibilidade de acomodações. Entretanto, o debate em torno do setor psiquiátrico ocupou toda a reunião e uma nova agenda deverá ser marcada para ouvir a Junta sobre o assunto.
 
 
Sobre os questionamentos que tinha a respeito da denúncia, o vereador Alex informou que encaminhou por escrito suas perguntas a Issam Moura. São elas: 1) Quantos leitos estão reservados para os conveniados e quantos para o SUS? 2) Qual o valor mensal que a Santa Casa recebe por mês dos convênios celebrados? 3) Com quais entidades privadas a Santa Casa mantém convênios? 4) Os servidores da Santa Casa – cujos salários são provenientes do SUS – também são pagos para atender aos convênios?
 
 
 
Superlotação
 
De acordo com o Dr. Salvador, que é chefe do setor desde 1967, o serviço de psiquiatria da Santa Casa é o quinto do País em qualidade de atendimento, tendo duas prioridades: o atendimento aos pacientes e o ensino aos residentes. "Hoje atendemos um número maior do que a nossa capacidade. Ao todo são 350 consultas por semana, sendo que temos apenas 10 residentes e outros cinco profissionais que atendem no setor de duas a três vezes por semana", relatou. Segundo ele, a Santa Casa está preparada apenas para atender os chamados pacientes agudos, nos quais é possível descobrir as neuroses quando ainda são curáveis. Quando se tornam crônicas, não há mais cura e o caso passa a ser de acompanhamento ambulatorial e indicação de medicamentos. "Esse atendimento aos crônicos deveria ser feito nos Caps [Centro de Atendimento Psicossocial], mas isso não está acontecendo como deveria. É o caso dos autistas, que devem ser atendidos no Caps Infantil mas são remetidos à Santa Casa. Não temos como atender aos autistas", exemplificou.
 
 
Para Alex, o governo federal tem feito a sua parte por meio do envio e incremento dos recursos destinados à Santa Casa. No entanto, isso não basta. "O Estado e o Município estão se omitindo no atendimento psiquiátrico à população, deixam todo o serviço de emergência nas mãos da Santa Casa e não se envolvem na continuidade do tratamento dos pacientes. A posição desses dois entes públicos precisa ser revista", destacou Alex.
 
 
Issam Moussa afirmou aos vereadores que hoje estão suspensos apenas os atendimentos ambulatoriais no setor de psiquiatria, mas que o atendimento no pronto-socorro está funcionando normalmente. Já Lastória destacou que os Caps foram criados a partir da nova política de desospitalização adotada em âmbito nacional a fim de acabar com as internações em sanatórios, mas que eles não estão conseguindo atender a demanda.
 
 
 
Assessoria de Comunicação/Vereador Alex