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Médica alerta sobre importância do diagnóstico precoce da distrofia muscular

28.06.2016 · 12:00 · Palavra Livre

A sessão ordinária desta terça-feira (28) contou com a participação da neurologista Drª Maria José Maldonado, que fez uso da Tribuna alertar a prevenção e orientação da distrofia muscular, considerada a patologia muscular mais frequentemente registrada.

 

O convite foi feito pelo vereador Dr. Cury, que é autor do Projeto de Lei nº 8.295/16, que institui o “Setembro Branco” e o Dia Municipal de Prevenção e Orientação da Distrofia Muscular no município de Campo Grande-MS e dá outras providências. A proposta está em tramitação na Casa de Leis.

 

De acordo com a neurologista, “em 30 anos como médica vimos, sim, muita coisa melhorar, muita coisa evoluir, tem muita ajuda governamental, porém ainda não é suficiente. Observamos muitas mudanças, novas terapêuticas e tornando cada vez mais caros seu tratamento. A distrofia muscular é uma patologia genética, não é adquirida, mas transmitida. Causada por um defeito genético, que provoca um erro na codificação da distrofina, uma proteína que faz parte da fibra muscular, causando a destruição desse músculo, que perde capacidade de locomoção. O diagnóstico é feito por volta de 5 anos, por conta dificuldade de diagnóstico e aos 12 anos a pessoa se torna cadeirante e novas dificuldades se somam, como dificuldade ventilatória, progressão pra membros superiores, e depois para diafragma, causando a hipoventilação, com dificuldade noturna de respiração e até óbito”, disse.

 

Ainda segundo a médica, “chamar atenção é importante, até pela dificuldade de diagnóstico, composto de três itens, como exame do DNA, que só é feito em grandes centros e é muito caro. Essa é uma patologia que não tem cura, mas aprendemos a viver com ela. Não é uma doença curável, mas é tratável, associado a isso temos pesquisas com células tronco, com carga viral. Por isso é importante que as pessoas conheçam e lembrem a doença no mês de setembro, como uma forma de apoio para que as famílias tenham acesso a investigação e ao tratamento dessa patologia”, afirmou Maria José Maldonado.

 

Paulline Carrilho

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal