Vereador Coringa ouve esclarecimentos da promotora Paula Volpe em oitiva da CPI da Saúde
29.05.2013 · 12:00 · Outras Notícias
Na noite desta terça-feira (28) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da qual o Vereador Coringa é membro, e que investiga as possíveis irregularidades no setor de oncologia do Hospital do Câncer (HC) e do Hospital Universitário (HU), recebeu na a promotora de justiça Paula Volpe, responsável pelo inquérito do HC no Ministério Público Estadual, para prestar esclarecimentos à comissão.
Segundo a promotora, foi iniciado um inquérito civil em 2011, através do qual foram apuradas algumas situações que o MP entendia que precisavam ser sanadas, como o pagamento de algumas despesas que não poderiam ser feitas com a verba da fundação, por ser uma entidade filantrópica, como o pagamento de bolsas de estudo oferecidas sem critério.
Na época o MP fez orientações e recomendações para que parassem com esses gastos, recomendações essas acatadas pela direção do hospital. Com a continuidade da investigação foi detectado que a diretoria do hospital contratava as próprias empresas dos diretores do hospital, sendo que há uma resolução do MP que proíbe essa auto-contratação. O MP na época orientou para que isso parasse, mas a diretoria respondeu dizendo que não via irregularidades e que continuariam contratando essas empresas pois elas estariam prestando serviços ao hospital.
No inquérito ainda constam o sucateamento da rede pública, tendo que se socorrer na rede privada – como a recusa de um acelerador linear no final de 2012 e suspeitas de irregularidades promovidas pela então diretoria como a compra de medicamentos com contrato de exclusividade e sem descontos, o pagamento de empresas com valores acima da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde).
O Vereador Coringa questionou quando realmente começaram as investigações. Paula contou que ouve uma denuncia anônima feita ao promotor publico relatando pagamentos irregulares, e que uma investigação começou a ser feita em 2009.
Coringa também questionou sobre a restituição dos valores cobrados indevidamente e que já vieram a publico através da imprensa – tratamentos que continuavam sendo cobrados mesmo após o óbito dos pacientes. A promotora respondeu que deveriam ser devolvidos.
Assessoria de Imprensa do Vereador