Participantes de audiência pública defendem presença de psicólogo nas escolas
18.10.2013 · 12:00 · Outras Notícias
Realizada pela Comissão permanente de Educação e Desporto da Câmara Municipal de Campo Grande, por iniciativa de sua presidente vereadora Carla Stephanini , audiência Pública que contou com presença e participação da vereadora Juliana Zorzo (membro da comissão) discutiu o “a necessidade da atuação do profissional de Psicologia na Educação Básica da Rede Municipal de Ensino”.
Profissionais experientes tanto da área de psicologia como de educação, participaram trazendo contribuições em relação ao tema e demonstrando que a presença de psicólogos nas unidades de ensino poderia evitar inúmeros conflitos e proporcionar melhores condições de aprendizado para educandos que apresentam dificuldades.
Para expor seus conhecimentos a respeito da atuação de psicólogos, por meio de experiências vividas principalmente no Estado do Paraná onde a maioria das cidades conta com profissionais de psicologia, a presidente da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, professora Marilda Facci fez ampla exposição sobre situações em que, dependendo da presença ou não de psicólogos os conflitos podem ser mais constantes.
Importância
Em sua mensagem aos presentes na audiência pública, Marilda afirmou que “é sempre bom se ver trabalhos e iniciativas que tratem da psicologia no ambiente escolar, o que só faz sentido quando o profissional está se dedicando ao processo ensino-aprendizagem”. Para La, a atuação do profissional tem de ser dirigida ao acompanhamento escolar nos seus diversos setores.
“O psicólogo escolar não é aquele que faz terapia. É o que trabalha o ambiente do professor e do aluno”, afirma. Além de acompanhar o trabalho dentro da escola, o psicólogo poderá, também, se dedicar aos familiares uma vez que, normalmente o aluno problema vem de uma família não muito bem estruturada.
Participação
Tanto integrantes da mesa diretora dos trabalhos da audiência pública como vários participantes da audiência deixaram claras suas posições. O presidente da ACP- Geraldo Alves Gonçalves entende que há necessidade de psicólogo nas escolas. Entretanto, na sua opinião, “o grande problema é de financiamento. A contratação, se houver, deve ser pela Secretaria de Saúde, uma vez que pela Educação viria dividir a verba do professor que, segundo ele já é insuficiente”.
A vereadora Juliana Zorzo avalia a importância do projeto em função da situação que as escolas vivem onde a ocorrência de “bullyng” e de casos de violência está se tornando cada vez mais constante. “A intervenção de um profissional se tornou indispensável”, comenta
Para a presidente do Sindicato dos Psicólogos, Gleice Freitas, “o projeto de lei de autoria da vereadora Carla Stephanini é de importância ímpar. Entretanto, deve haver um trabalho incansável para fazê-lo ser transformado em Lei e, à partir daí, acompanhar a sua implementação”. Ela demonstrou conhecer a existência de um projeto idêntico na Assembléia Legislativa, que não saiu do papel.
Vários outras pessoas também se manifestaram. Opiniões favoráveis foram as mais apresentadas, apesar de ter ocorrido de participantes declararem preocupação com a possível concorrência entre psicólogos e professores no ambiente escolar.
Waldemar Hozano
Assessoria de Imprensa da Vereadora