19.04.2011 · 12:00 · Outras Notícias
Indignado e triste com a perseguição que está sofrendo dentro do PPS (Partido Popular Socialista), o vereador Mario Cesar se pronunciou nesta terça-feira (19), no plenário da Câmara Municipal, para desmistificar a suposta infidelidade partidária, razão pela qual foi expulso do partido. “Sou vítima de perseguição por culpa de um fracasso político”, aponta o parlamentar.
A principal crítica do vereador em sua fala foi com relação ao critério utilizado pelo partido para definir o que é infidelidade. “Durante a última campanha, o próprio Athayde Nery recebeu legalmente dinheiro do Geraldo Resende (PMDB), do Luiz Henrique Mandetta (DEM), do senador Moka e da Coligação Amor, Trabalho e Fé. Diante disso, qual é o critério para dizer que eu sou o infiel? Também apoiei apenas a coligação”, explica Mario. “Querem me rotular de uma coisa que não sou. Não sou infiel, sou parceiro e amigo. Não são essas pessoas que caminham para o lado A e conforme conveniência vão para o lado B que podem me julgar. Não sou infiel, sou uma pessoa digna”, completa.
Mario também rechaçou as acusações de que não teria se defendido dentro do partido sobre o caso de expulsão. “Fiz defesas por escrito e verbalmente, mas mesmo assim não foram acolhidas pela Comissão de Ética, que já tinha um pré-julgamento do meu caso”, acusa o vereador, que agora vai recorrer à direção nacional do PPS contra sua expulsão.
O vereador ganhou a solidariedade dos parlamentares da Casa de Leis, recebendo inclusive convites para integrar outros partidos. Jamal Salem, em nome do deputado estadual Londres Machado, abriu as portas do PR para Mario, assim como Magali Picarelli, que ofereceu um lugar para o vereador no PMDB. “Ainda não entendi por que o Mario foi expulso. Tem muitos partidos que querem ganhar com ele e o PMDB está de braços abertos”, destacou.
A parlamentar Professora Rose também se solidarizou com Mario. “Pela sua história e pela sua dignidade, em nome do PSDB faço o convite para que integre o partido”, disse, a exemplo de Herculano Borges, Carlão e Lídio Lopes, que também convidaram o vereador para fazer parte do PSC, do PSB e do PP, respectivamente. “O PPS perde um de seus melhores quadros”, resumiu Lídio, durante seu aparte.
Ação coletiva – A diretoria da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS), comandada pelo vereador Edilson Seikó Miahira, realizou uma reunião nesta terça (19), para discutir sobre uma ação coletiva que será impetrada na Justiça contra o diretório regional do PPS, em razão dos 22 vereadores que foram expulsos da sigla por uma suposta infidelidade partidária.
Vitor Yoshihara
Assessoria de Comunicação do Vereador Mario Cesar