Luiza Ribeiro preside sessão de entrega do Prêmio em homenagem ao Dia do Índio

Como reconhecimento aos relevantes serviços prestados à questão indígena, foi instituído por meio de Decreto Legislativo, de autoria do ex-vereador Athayde Nery, o Prêmio Domingos Veríssimo Marcos, em comemoração ao Dia do Índio. A sessão solene, realizada hoje na Câmara de Vereadores que teve o Hino Nacional cantado em Guarani, foi marcada por pedidos de inclusão, democracia e justiça social.

 

A vereadora Luiza Ribeiro, presidente desta sessão, elogiou a criação do prêmio, parabenizou os indígenas pelas lutas e preservação da cultura e falou dos conflitos por territórios que tem tirado a vida de muitos indígenas no Estado. “Estamos em débito há muito tempo com os povos indígenas e esta sessão tem também um tom de lamento, porque não estamos dando prioridade às necessidades dos indígenas. Precisamos, urgentemente, cessar os conflitos por territórios porque a terra é fundamental para os indígenas viver o sobreviver”, comentou a vereadora.

 

Elcio Terena, que entregou aos vereadores o Plano de Políticas para os Indígenas de Campo Grande, falou da violência nas aldeias. “Não existe condenação para assassinos de indígenas no Brasil. Estamos fragilizados, desprotegidos e pedimos aos nobres vereadores que nos ajude na implantação de políticas de proteção à população indígena da nossa cidade”, argumentou.

 

Luiza homenageou o advogado, poeta e ex-vereador Athayde Nery, autor da proposta que criou o Conselho Municipal de Proteção Indígena que atualmente preside o diretório estadual do PPS e, é membro do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul (CONADEPIMS). Athayde que se encontra em Brasilia, foi representado por Aldo Donizete. 

 

Domingos Veríssimo Marcos

 

O terena Domingos Veríssimo, natural da Aldeia Bananal de Aquidauana, foi um dos pioneiros na luta pela emancipação indígena. Serviu o Exército por 35 anos, período no qual participou das expedições do Projeto Rondon e graduou-se em Filosofia, Letras e Física, dominando além das línguas terena, guató e kadwéu, inglês, francês, alemão, italiano, japonês e espanhol.

 

Voltou à aldeia nativa depois de se aposentar e formou a 1ª turma do Curso de Magistério Bilíngüe (Português/Terena), lutou pela criação das Rádios Comunitárias e foi o primeiro coordenador da União das Nações Indígenas (UNI). 

 

 

 

Marinete Pinheiro 

Assessoria de imprensa da Vereadora