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Saúde mental foi tema de audiência desta quarta-feira na Câmara Municipal

29.09.2021 · 12:00 · Audiência Pública

Nesta quarta-feira, a Câmara Municipal de Campo Grande promoveu audiência Pública sobre a prevenção ao suicídio que faz parte da campanha Setembro Amarelo. O debate ocorreu no Plenário Oliva Enciso e contou com a participação de autoridades, funcionários e pacientes psiquiátricos que recebem auxílio e tratamento pela rede de saúde municipal.

 

O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara, composta pelos vereadores Camila Jara (presidente), Júnior Coringa (vice), Valdir gomes, Clodoílson Pires e Ademir Santana.

Vereador Ronilço Guerreiro diz que a Comissão tem o papel de fiscalizar o trabalho feito pela prefeitura, sugerir ampliação da rede de atendimento e auxiliar com a formação de políticas públicas e disponibilização de emendas e recursos que venham a ser necessários.

Em razão do Setembro Amarelo, a Audiência tratou sobre toda a rede atendimento da municipal e focou principalmente na campanha de combate ao suicídio, um dos flagelos de Mato Grosso do Sul, já que o estado é o 3° no ranking brasileiro dos que mais sofrem neste quesito.

Além disso, conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. Esta também é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

De acordo com o vereador Ronilço, a Câmara se insere no contexto de fiscalizar e legislar a favor do cidadão. “Passamos por um momento desafiador, no qual a saúde mental tem que ser tratada como prioridade.  Como psicólogo que sou, acredito muito que precisamos trabalhar a mente, autoestima, motivar e ajudar. Quando falamos em suicídio, ninguém quer morrer, ninguém quer se matar, as pessoas querem matar a dor”.

Segundo a Dra. Ana Carolina Guimarães, psiquiatra e coordenadora da rede de assistência mental da Secretaria Municipal de Campo Grande (Sesau), não seria permitida a ampliação de Centros de Assistência Psicossocial (Caps) visando a diminuição do número de suicídios. “O Ministério da Saúde prevê uma unidade que trata de transtornos mentais graves, Caps 3, para cada 200 mil habitantes, e Campo Grande já possui quatro unidades dessas, então estamos 100% cobertos e a ampliação não seria aprovada”.

A coordenadora explica que existem outras estratégias possíveis para combater as causas do suicídio, o que é considerado como um marcador de várias doenças mentais e também social. “Existe atendimento disponível para pessoas em sofrimento. Ele pode ser feito nos Caps e em ambulatórios, que foi ampliado recentemente, e pelas equipes de atenção básica. Então, a capacitação dessas equipes e dos trabalhadores dos Caps é uma das formas de ampliar o atendimento”, elucida.

Ao fim das discussões, os vereadores Camila Jara, Dr. Victor Rocha, Tabosa, Coronel Alírio Villasanti, Professor André Luis, assinaram um termo de compromisso para a instituir a Comissão que vai trabalhar na elaboração do Plano de Saúde Mental para Campo Grande.

A partir disso, segundo o vereador Dr. Victor Rocha, agora a proposta será discutida com o presidente Carlão, e levada ao plenário para discussão dos demais vereadores.

Rodrigo Almeida 

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal