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Salões de beleza são incluídos como atividade essencial em Campo Grande

02.09.2021 · 12:00 · Vereador Papy

A Câmara Municipal de Campo Grande derrubou, por unanimidade, na sessão ordinária desta quinta-feira (2), o veto total do prefeito Marquinhos Trad (PSD). O projeto de lei 10.002/21 declara como essencial atividades dos cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, manicures, depiladores, podólogos e maquiadores. A proposta é de autoria dos vereadores Júnior Coringa (PSD), Papy (Solidariedade), Betinho (Republicanos) e William Maksoud (PTB).

Segundo o Executivo Municipal, essas atividades “não devem ser declaradas como essenciais, por não preencherem os requisitos necessários para tal classificação”. Um levantamento dos autores do projeto aponta que na capital há cerca de 14 mil profissionais da área da beleza em cinco mil salões que geram riqueza e renda.

Antes da votação, o vereador Valdir Gomes (PSD) pediu uma explicação para que votasse consciente a derrubada do veto. “Eu queria que o autor desse projeto nos orientasse, porque a pandemia praticamente acabou e esses profissionais estão ligando e querendo jogar para a Casa deles não irem trabalhar”, questionou.

O presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), disse que ocorreu diálogo entre a categoria e o líder do prefeito, o vereador Beto Avelar (PSD), e chegaram a um acordo para que o veto fosse derrubado.

“O que nos foi explicado é que esse projeto coloca os salões de beleza, na época da pandemia, como essencial. E hoje eles continuam abertos e caso volte a pandemia, não vai voltar com fé em Deus, eles estariam como essencial. O líder do prefeito concorda com a derrubada do veto”, explicou Carlão.

O vereador Coringa defendeu a derrubada do veto e começou dizendo que a pandemia ainda não acabou. “Nós estamos num período de pandemia e os profissionais da beleza foram prejudicados porque ficaram parados. Eu observo aqui nessa Casa que todos os vereadores estão com cabelo cortado, com a barba bem feita, então é essencial”, afirmou o autor do projeto.

Finalizou dizendo que os vereadores precisavam discutir sobre um setor que nunca havia sido pauta na Casa de Leis. “Eles nos procuraram para que fossem colocados como essenciais, para que amanhã ou depois, caso surja outra pandemia, não sejam prejudicados. Eles cumprem todas as medidas de biossegurança”, afirmou Coringa.

O líder do prefeito disse que foi conversar com Marquinhos a pedido de Coringa e que o chefe do Executivo havia deixado claro que não era contra incluir a categoria da beleza como essencial, mas que a Procuradoria havia apontado um vício no projeto.

“Ele, como democrata e sabedor que a Câmara é autônoma e independente, deixou bem claro que os vereadores têm livre arbítrio para votar sim, pela manutenção do veto, e não, pela derrubada do veto”, afirmou Beto Avelar. Ao final, votou pela derrubada do veto e pediu a colaboração dos colegas.

Assessoria de Imprensa do Vereador