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Procuradoria da Mulher na Câmara inicia campanha “Outubro Rosa”

07.10.2015 · 12:00 · Eventos

A Câmara Municipal, através da Procuradoria Especial da Mulher, deu início ao movimento “Outubro Rosa”, durante a sessão desta terça-feira. Presidida pela vereadora Carla Stephanini, a sessão contou com a presença de diversas instituições, como a BBPW Campo Grande, Rede Feminina do Câncer, Abrec, e a participação da médica mastologista e professora da UFMS, doutora Marilana Geimba de Lima e do Administrador do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Coimbra que fizeram uso da palavra livre.  
 
Os números da doença no Estado de Mato Grosso do Sul e Campo Grande, segundo a médica, que também é cirurgiã nos HU e CEM, ainda são elevados (750 casos novos/ano em MS e 330 Campo Grande) e um dos motivos é a resistência e desinformação das pessoas que se recusam a fazer uma simples mamografia.
 
Um esclarecimento importante, de acordo com a Dra Marilana, é que em 85% dos casos da doença o fator hereditário não tem qualquer influência. Apenas 5% são genéticos, ou seja, possuem o gene cancerígeno e casos na família de parentes próximos (mãe, irmã, tias, sobrinhas). Os outros 10% são oriundos do histórico familiar, da tendência de se desenvolver a doença. O recurso da mamografia é um método de rastreamento do câncer de mama que eleva a cura em cerca de 90%, argumentou a médica. Ressaltando que movimentos como o Outubro Rosa são importantes para atingir as mulheres que, independente de classe social, não se submetem ao exame. A médica também chamou a atenção para imenso número e mamógrafos ociosos em todo o Estado. As prefeituras do interior precisam ficar atentas e criar mecanismos de prevenção, para que a paciente não chegue aos hospitais de Campo Grande em estágio avançado da doença.
 
O administrador do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Coimbra, ressaltou a importância da parceria público e privada para manter a instituição que atende todos os tipos da doença. Elogiando a iniciativa da Procuradoria Especial da Câmara, Coimbra lembrou que o Outubro Rosa é uma campanha simples, de baixo custo, mas bastante eficiente. O objetivo, segundo ele, além de detectar a doença o mais cedo possível, é fazer com que o paciente inicie o tratamento em no máximo 60 dias após o diagnóstico. “Precisamos diminuir a mortalidade”, concluiu.
 
A vereadora Carla Stephanini também ressaltou a importância do diagnóstico precoce e salientou o compromisso e a responsabilidade que a Procuradoria Especial da Mulher com as campanhas de prevenção. Citando o Projeto de Lei 1.303 que criou o “Outubro Rosa”, a vereadora salientou a importância desta manifestação para as mulheres da nossa cidade. Também agradeceu o trabalho da doutora Marilane pela sua luta diária nos hospitais e na UFMS, a dedicação de Albino Coimbra ao Hospital do Câncer e todas as instituições envolvidas na cura e prevenção da doença.
 
Assessoria de Imprensa da Vereadora