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Portador de TEA cobra inclusão: ‘precisamos nos sentir pertencentes’

30.11.2021 · 12:00 · Palavra Livre

A convite do vereador Prof. Juari, o jovem Luis Felipe Andrade, portador de TEA (Transtorno de Espectro Autista), utilizou a Tribuna na sessão desta terça-feira (30) para falar sobre temas ligados à inclusão, afeto e oportunidades de pessoas autistas em Campo Grande. Para o estudante, é preciso empatia para entender que nem todos são iguais.

“Se você não conhece um autista, provavelmente vai conhecer. Somos um diferente do outro, mas, ainda somos autistas. Uns tem dificuldades intelectuais e, outros, dificuldade para se comunicar. Nos últimos anos, a pandemia criou novos problemas para a sociedade enquanto ainda nem conseguimos resolver os antigos. Temos que entender que não existe ninguém igual a ninguém”, afirmou.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.  

“Quando falamos de inclusão, falamos de todas as pessoas. Todos precisamos nos sentir pertencentes. Temos que pensar também no próximo. Isso é empatia. Famílias, sejam vocês o exemplo para seus filhos. Por isso, para mim é uma conquista e uma grande alegria discursar sobre esse tema em nome daqueles que são excluídos por serem diferentes. O caminho não é fácil, mas podemos superar. Ser diferente não é um problema”, completou.

Pessoas com o transtorno frequentemente apresentam outras condições concomitantes, como epilepsia, depressão e ansiedade. O nível de funcionamento intelectual desses indivíduos é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.  

“Autismo não tem cara, e nem todos são iguais a mim. Minha dificuldade de comunicação faz parte da minha condição. O que ajuda são programas de intervenção, principalmente se for precoce. Claro, em várias vezes, não vou querer falar. Tenho dias ruins e dias bons, como todos. Não queremos ser excluídos, que nos deixem em nosso canto. Pensem nisso na próxima vez que estiverem com alguém diferente. Tenho muito orgulho de quem sou”, finalizou.

 

Com informações da  Organização Pan-Americana da Saúde

 

Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal