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Para secretária, diretores exonerados ‘não atendem perfil da administração’

03.03.2016 · 12:00 · Reunião

A secretária Municipal de Educação, Leila Machado, afirmou que os 47 diretores de escolas e Ceinf’s (Centros de Educação Infantil) exonerados entre fevereiro e março, pelo prefeito Alcides Bernal, “não atendem ao perfil da atual administração”. Ela esteve na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (3), e foi sabatinada pelos vereadores, que questionaram uma possível motivação política no ato do chefe do Executivo.
 
“O cargo em questão é de livre nomeação e exoneração do prefeito. [Os diretores] não atendem ao perfil da atual administração. Não é nada pessoal com o servidor, pois são de carreira. O cargo em comissão não é permanente. Ele pode, a qualquer momento, ser trocado pelo prefeito”, justificou a secretária. “Iniciamos o ano fazendo a programação de como seria pautada a nossa gestão, uma gestão pautada na cumplicidade. Para isso, tenho que ter pessoas de confiança perto de mim. De nenhuma forma pensamos em denegrir ou colocar um diretor que não tenha os requisitos básicos”, continuou.
 
Leila também afirmou que sindicâncias serão abertas para apurar ocorrências nas escolas. As exonerações, porém, geraram críticas entre os profissionais da educação. A ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), inclusive, comprou a briga e cobrou, em discurso no plenário da Câmara, a eleição direta para escolha de diretores das escolas da Capital. 
 
“O cargo de diretor não pode ser um projeto imediatista, tem que ser uma visão de futuro. O diretor não pode entrar e sair amanhã. Tem que ter um projeto escolar. Temos a Lei Complementar n° 19, que estabelece critérios para nomeação à função gratificada de diretor. Em caso de nomeação tem que ser publicada em Diário Oficial, qual critério foi utilizado, por isso defendemos uma gestão democrática. Queremos conclamar a todos os senhores para votarem a implementação da gestão democrática”, cobrou Lucílio Nobre, presidente da entidade.
 
O vereador José Chadid, presidente da Comissão Permanente de Educação e Desporto, reforçou que a função dos parlamentares é fiscalizar os atos do Poder Executivo e garantiu: a Casa não vai prevaricar. “Nossa função é fiscalizar e não vamos prevaricar. Somos um poder independente e demos totais condições ao prefeito. Tudo que é feito de positivo tem total apoio nosso. Estamos unidos para fazer esse trabalho em prol da nossa Campo Grande. O que depender do Poder Legislativo, dos vereadores, será feito”, afirmou.
 
“Precisamos avançar”, reconhece secretária de Assistência Social
 
Também ouvida pelos vereadores na tarde desta quinta-feira (3), a secretária de Políticas e Ações Sociais e Cidadania, Marcela Rodrigues Carneiro, disse que a Prefeitura confiança, atualmente, 17 organizações não governamentais com R$ 1,6 milhão de investimentos para este ano. No entanto, reconheceu que o município precisa avançar em relação à acessibilidade, principalmente no que se refere aos critérios de distribuição de casas populares.
 
“É algo que precisamos avançar, melhorar esse critério de seleção. Não é assistência que define quem tem casa, a Emha (Agência Municipal de Habitação) faz isso. O conjunto Canguru, estamos mudando um pouco a pratica de vir só da Emha. Nós, da Assistência, sabemos quem são as pessoas em maior vulnerabilidade. Temos um banco de dados. A Emha que faz a seleção”, disse.
 
“Temos que avançar na discussão do que é a função da assistência social. Em alguns casos, por exemplo, é um problema de saúde pública. É muito claro qual é o papel da Saúde e qual o da Assistência Social. Há uns anos, a assistência fazia isso, dava cadeira de rodas, fraldas, leite. Não tínhamos a propriedade para trabalhar com a questão da saúde”, finalizou. 
 
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal