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Omep/Seleta: Vereadores articulam reunião, e prefeito espera solução para a próxima semana

04.01.2017 · 12:00 · Comissões

Os vereadores que compõem a Comissão Especial para acompanhar a demissão dos servidores da Omep/Seleta agiram rápido e, já em sua segunda reunião, articularam um encontro entre o prefeito Marcos Trad e os trabalhadores, que seguem sem receber os salários de dezembro e o 13º. Na manhã desta quarta-feira (4), o chefe do Executivo esteve na Câmara Municipal e disse aos servidores que espera dar uma solução definitiva para o imbróglio na próxima semana.

“Em setembro, o ex-gestor solicitou suplementação de R$ 30 milhões para atender as despesas referentes aos prestadores de serviços nas escolas e Ceinfs, objetos de convênio da Omep e Seleta, até dezembro de 2016. A Câmara autorizou para que o ex-prefeito pudesse fazer o pagamento de vocês até dezembro, mas não sabemos porque esses valores não foram pagos. O MPE (Ministério Público Estadual) quer saber para onde foi esse dinheiro. No mais tardar, talvez ainda antes do dia 10, teremos uma posição concreta e definitiva”, garantiu.

Trad esteve na Câmara acompanhado de sua vice, Adriane Lopes, e da secretária de Assistência Social, Maria Angélica Fontanari de Carvalho e Silva. Ele ainda busca, junto ao MPE, uma solução para estender o contrato com as entidades, de modo que os servidores não fiquem desamparados.

“Estivemos no MPE e queremos uma saída legal, justa e correta, que seria a prorrogação daquele plano que tinha sido feito em 2011. Me deem até o dia 10. Só estamos pedindo seis dias úteis para resolver o problema de vocês. Isso se a gente não vir com alguma notícia antes disso. Estamos saindo daqui agora, entregando ao doutor Marcos [Alex, promotor de Justiça] a minuta da nossa prorrogação, que vai restabelecer os direitos de vocês e o direito da permanência.  Talvez, até sexta-feira, vocês vão ter uma notícia maravilhosa”, disse.

Durante a reunião, que lotou o plenário Oliva Enciso, uma comissão de sete servidores foi formada para acompanhar o impasse. Segundo o vereador Valdir Gomes, que preside a Comissão Especial, Trad ‘plantou uma esperança’ nos trabalhadores.

“Estávamos perdidos. Saímos daqui com uma data de decisão, isso é importante. Por favor, vamos nos unir, mais do que nunca. Deus há de abençoar que antes de sexta teremos uma resposta. Hoje, temos uma semente nascendo. O prefeito plantou uma esperança em nós. A maioria dos vereadores que estão aqui, estão nesta luta. Vamos dar um voto de confiança, uma semana passa rápido. Eu estou com vocês. Vamos nos unir, já temos uma vitória”, comemorou.

A Comissão é composta ainda pelos vereadores Enfermeiro Fritz, relator, além dos membros Dharleng Campos, Papy, Chico Veterinário, Lucas de Lima, Enfermeira Cida Amaral, Ayrton Araújo do PT e Pastor Jeremias Flores.

Também acompanharam a reunião os vereadores Otávio Trad, Ademir Santana, Júnior Longo, André Salineiro, Paulo Siufi, Carlão, Betinho, Willian Maksoud, João César Mattogrosso e Vinicius Siqueira. 

‘Não somos fantasmas’

Servidores que estiveram no plenário protestaram contra o calote nos salários de dezembro e o 13º do último ano e a incerteza sobre a permanência em seus postos de trabalho. O objetivo do colegiado instaurado na Câmara é justamente esse: apurar o não pagamento dos salários, a previsão de pagamento, cumprimento das leis trabalhistas, e a reinserção desses trabalhadores demitidos no mercado de trabalho.

“Não somos fantasmas, somos responsáveis com nossas obrigações. Passamos um final de ano sem ter o que colocar na mesa para nossa família. Não estamos aqui para fazer baderna, apenas lutamos pelo que é nosso de direito. Sabemos que a Prefeitura está um caos. Sabemos que não será fácil, mas contamos com boa vontade para nos tirar do sufoco. Estamos desesperados pois não temos nada”, desabafou a servidora Deise Adrianny. 

“Nessa manhã, gostaria de perguntar: como vai ficar nossa situação? Passamos o natal sem nada. As contas estão chegando. Temos funcionários que têm crianças desesperadas. Os vereadores poderiam estar em férias, mas estão aqui porque vestiram a camisa. Eu não consigo dormir, e tem muitas que também não conseguem. O descaso é muito grande conosco. Trabalhamos o ano inteiro para chegar o final do ano nessa situação”, lamentou Adélia Leite.

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal