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Na Tribuna, professor apresenta resultados promissores de pesquisas científicas em MS

26.03.2019 · 12:00 · Palavra Livre

Pesquisas científicas desenvolvidas em Mato Grosso do Sul foram apresentadas na Tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, durante a sessão ordinária desta terça-feira (26), pelo professor doutor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Rodrigo Juliano Oliveira. Ele usou a Palavra Livre a convite do vereador Veterinário Francisco.  

O professor doutor apresentou trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Estudos em Células-Tronco, Terapia Celular e Genética Toxicológica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (CeTroGen/Humap), do qual é um dos coordenadores. O Centro foi instalado no dia 15 de março de 2013 na Capital, com base em projeto iniciado ainda em 2010.  Antes as atividades eram concentradas em São Paulo, mas foi possível transferir a tecnologia para o Estado.  

Ao todo, são 23 pesquisas desenvolvidas pelo Centro. Durante a sessão, foram exibidos dois vídeos de reportagens com os resultados de duas delas. Uma trata do uso de células-tronco em cães, mostrando o processo de recuperação de um cachorro com fratura na vértebra, que teve transplante de células aplicadas na medula. O procedimento auxiliou para que ele melhorasse o movimento das patas.      

Ainda, há pesquisa para desenvolver larvicida natural, feito a partir da castanha de caju, numa combinação com óleo de mamona. Pesquisadora decidiu dar continuidade a proposta de um estudante e analisar se não havia risco à saúde ou toxidade. Em torno de 24 horas após a aplicação, as larvas do Aedes aegypti, transmissor da dengue, morrem. Casas são monitoradas para analisar eficácia e segurança.  

“Todas essas pesquisas são genuinamente sul-mato-grossense, regulamentadas e com resultados promissores”, afirmou Oliveira, esclarecendo que as pesquisas com células-tronco são aprovadas pelo Conselho de Ética. Ele pediu apoio dos vereadores para criação do Dia Municipal de Conscientização para Avanços Biotecnológicos aplicados à Saúde. 

A ideia, segundo o professor doutor, é mostrar à comunidade a relevância dos estudos desenvolvidos, levando também para as escolas e auxiliando na busca de fomento a essas pesquisas. Hoje as pesquisas são financiadas por meio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) ou do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em recursos aprovados com base em editais de fomento. 

O vereador Veterinário Francisco parabenizou o trabalho de toda a equipe do Centro de Estudos e lembrou da necessidade de mais apoio a pesquisas. “Acompanhamos o trabalho que já é feito com dez animais e o resultado é bastante satisfatório”, disse. Ele destacou ainda o desenvolvimento do estudo sobre o larvicida, ainda mais no momento de epidemia de dengue. “Inseticidas, além de serem tóxicos, podem trazer resistência aos insetos e não fazer efeito ao longo do tempo”, afirmou.

 

Milena Crestani 

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal