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Moradores denunciam que casas podem cair e vereador aciona MPE e Crea-MS

18.10.2016 · 12:00 · Vereador Eduardo Romero

Removidos da favela Cidade de Deus para o bairro Vespasiano Martins denunciam que as casas construídas na modalidade de mutirão assistido, por meio da Morhar Organização Social, prefeitura e mão de obra de moradores estão prestes a cair. Eles apontam rachaduras, infiltrações, sistemas falhos de elétrica e hidráulica, afastamento das paredes e madeiramento do teto.
 
O caso de problemas estruturais nas moradias populares já havia sido denunciado pelo vereador Eduardo Romero (Rede Sustentabilidade) em julho deste ano, inclusive com entrega de documentação ao Ministério Público Estadual (MPE) para acompanhamento do caso. Em resposta, o MPE informou que a denúncia embasaria um inquérito e solicitou apoio caso o parlamentar tivesse mais denúncias sobre a construção das moradias populares.
 
Diante das novas denúncias de que nada foi feito para reparar os problemas denunciados em julho e outros problemas surgiram, Eduardo Romero está novamente acionando o MPE, por meio de ofício e também pedindo explicações da prefeitura sobre a má qualidade das casas apontada pelos moradores. O parlamentar também encaminhou ofício ao Crea-MS solicitando a possibilidade de vistoria nas moradias do Vespasiano Martins.
 
Na manhã de ontem, 17, o vereador foi procurado por um morador representando outros contemplados com as moradias. Todos afirmam que as casas têm risco iminente de cair, pois em menos de seis meses apresentam problemas estruturais sérios como, por exemplo, afastamento do madeiramento do teto. São visíveis as frestas no telhado. Internamente, também é possível, até para leigo, ver o afastamento de vigas e caibros que estão à beira de cair.
 
O morador que procurou o gabinete do parlamentar solicitou visita in loco e apoio para que o caso seja novamente colocado em evidência. Na manhã desta terça, 18, uma equipe do gabinete visitou algumas unidades habitacionais. Alguns imóveis apresentam vazamentos internos que já comprometem paredes, algumas residências ainda estão inacabadas sem instalação elétrica, fios colocados de forma não indicada nas paredes, falta de azulejos nos banheiros, conforme prevê o projeto. As telhas que originalmente seriam de barro (romana) foram substituídas por de amianto (eternite).
 
Em uma das casas, além dos problemas estruturais ‘comuns’ das outras uma cena chama a atenção: um vaso sanitário foi assentado no canto do banheiro e virado para a parede. Em outra, o fio de energia elétrica que sai do padrão entra desordenadamente pela parede da casa e atravessa o meio da sala até chegar à cozinha, sem a menor proteção.
 
Muitos moradores continuam em barracos porque as casas não oferecem condições de mudança. Uma das moradoras denuncia que está com a água cortada porque autorizou o encarregado da obra representante da Ong Morhar a utilizar água do seu cavalete para construir 13 casas. A conta veio, mas o compromisso não foi honrado.
 
Assessoria de Imprensa do Vereador