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Greve deixa 160 mil sem ônibus e Tiago Vargas pede CPI do Consórcio Guaicurus

21.06.2022 · 12:00 · Vereador Tiago Vargas

Mais um vez, o Consórcio Guaicurus mostra a sua ineficiência e deixa pelo menos 160 mil usuários do transporte coletivo sem ônibus, na manhã desta terça-feira (21), devido à greve dos funcionários. E, durante sessão, na Câmara Municipal de Campo Grande (MS), o vereador criticou a concessionária e defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a fim de abrir a “caixa-preta” da empresa.

“Já passou da hora de abrir uma CPI, para investigar o Consórcio Guaicurus. Desde o meu primeiro dia de vereador eu defendo a criação dessa comissão, para abrir a caixa-preta da empresa”, protestou Tiago Vargas.

“Não aguentamos mais! A população campo-grandense não aguenta mais, são ônibus precários, ônibus que, durante a campanha eleitoral, foi prometido que seriam equipados com ar-condicionado. Ar-condicionado onde? Só se for na casa dos políticos, que se comprometeram e nada entregaram à população”, questionou.

De acordo com o vereador Tiago Vargas, o Consórcio Guaicurus, no começo do ano, pediu que os vereadores votassem a favor de um subsídio para beneficiar a empresa e, caso eles não votassem a favor, o valor da tarifa poderia chegar a R$ 5,15. “Naquele momento, os responsáveis da empresa afirmaram que os problemas estariam solucionados, mas agora o consórcio alega que não está conseguindo pagar seus funcionários”, criticou.

“Os empresários deste consórcio são canalhas. Se eu fosse prefeito de Campo Grande, era rua na certa pra vocês. Hoje, Campo Grande amanheceu sem um único ônibus circulando”, lamentou.

Ainda conforme o vereador, a paralisação gerou prejuízos aos que usam o transporte coletivo da Capital e, por isso, diante dos colegas de parlamento, ele propôs uma CPI, para investigar a atuação do Consórcio Guaicurus.

Conforme postagem feita em uma rede social, denominada Ligados no Transporte, os funcionários confirmaram a greve após o Consórcio Guaicurus enviar um ofício para a prefeitura, na segunda-feira (20), alegando esgotamento de recursos e, consequentemente, não realizando o pagamento do vale dos funcionários. Sendo assim, os motoristas cruzaram os braços na manhã de hoje e, conforme publicação, não têm previsão de volta.

Revisão de Tarifa

No fim do mês de março, os responsáveis pelo Consórcio Guaicurus pediram a revisão do valor da tarifa do transporte coletivo de Campo Grande (MS) à Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), uma ação que foi criticada pelo vereador Tiago Vargas, na época.

A concessionária, naquele momento, queria uma tarifa técnica no valor de R$ 5,50 que, no ano passado, já foi calculada em R$ 5,14. O consórcio pediu que a Prefeitura de Campo Grande assumisse a diferença. O último reajuste do valor da passagem ocorreu no início do ano, passando para R$ 4,40, ficando R$ 0,20 acima do valor anterior.

O poder Executivo municipal concordou em repassar ao Consórcio Guaicurus até R$ 12 milhões em 2022, divididos em 12 parcelas, valor que é referente às passagens dos estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme), que utilizam a gratuidade, e também de pessoas com deficiência. Mesmo com todo esse auxílio, o consórcio quer mais aumento na passagem, usando como justificativa a alta do diesel, fora outros custos.

Assessria de Imprensa do Vereador