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Dignidade Menstrual é tema de roda de conversa na Câmara nesta sexta-feira

08.07.2021 · 12:00 · Vereadora Camila Jara

Uma em cada quatro jovens no Brasil já faltou à aula durante o período menstrual por não ter absorvente. O dado levantado pela antropóloga Mirian Goldenberg, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, revela uma realidade de pobreza menstrual que afeta milhares de meninas, mulher cis e homens trans em todo o país. 

Para debater a dificuldade de acesso aos itens básicos de higiene durante o período menstrual e como o poder público pode agir para garantir dignidade íntima para as pessoas que menstruam, acontece na próxima sexta-feira (9) a Roda de Conversa sobre Dignidade Menstrual. 

Proposto pela vereadora Camila Jara (PT), também autora do Projeto de Lei nº 10.072/2021 que trata do assunto, o evento acontece das 9h às 11h no Plenário Oliva Enciso da Câmara Municipal, com transmissão ao vivo pelo Facebook e Youtube da Câmara.

O evento contará com a presenças do Deputado Estadual Pedro Kemp (PT), que também apresentou na Assembleia Legislativa uma proposta de alteração da Lei Estadual 2.418, de 30 de janeiro de 2002, que dispõe sobre o fornecimento gratuito de preservativo feminino pela Secretaria de Estado de Saúde, para estabelecer também a distribuição de absorventes higiênico. O projeto está em tramitação.

Além disso, estão confirmadas as presenças da Subsecretária Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Carla Stephanini, Defensora Pública Coordenadora do NUDEM, Thais Dominato, a Coordenadora do CETREMI, Gyani da Conceição Costa, o Psicólogo e Coordenador Regional do PDT Diversidade, João Vilela, a Liderança do Alphavela, Paula Correa da Silva, a Advogada especialista em Direito Penal e Processo Penal, Leticia Viana, as representantes do grupo Girl Up e da CUFA, Julia Peron e Tatiana Samper, respectivamente.

Riscos que vão além da saúde

Na falta de absorventes, pessoas que menstruam utilizam jornal, papel higiênico, pedaços de pano e até mesmo miolo de pão, materiais inadequados e inseguros que podem causar infecções e graves problemas à saúde. 

A vereadora Camila Jara ressalta que a pobreza menstrual tem impactos que vão além da saúde. “Muitas não têm bom rendimento escolar por conta das faltas mensais e até abandonam os estudos, o que, por sua vez, impacta também as oportunidades no mercado de trabalho. A pobreza menstrual nada mais é que uma outra forma de violência de gênero, além de uma violação de direitos”, explica.

O PL protocolado pela vereadora prevê ações de conscientização e campanhas educativas para combater a desinformação e o tabu sobre o ciclo menstrual, ampliando o diálogo sobre o tema nas políticas, serviços públicos, nas comunidades e nas famílias. Além disso, propõe a distribuição gratuita de absorventes íntimos na rede do SUS e nas escolas municipais.

Bianca Bianchi

Assessoria de Imprensa da Vereadora