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“Criança não pode ser atendida por clinico geral, isso é um absurdo! Podem ocorrer erros de diagnósticos devido á complexidade da medicina infantil”, diz Dr Loester

11.05.2018 · 12:00 · Vereador Dr. Loester

Nesta quinta-feira (10) o Vereador Dr Loester Nunes de Oliveira (MDB) solicitou junto a Secretaria Municipal de Saúde, a SESAU, por meio de indicação, que se faça Processo Seletivo ou Concurso Público para convocação de mais pediatras nas Unidades Básicas de Saúde. Segundo a Assessoria de comunicação da Sesau, neste semestre foram convocados 668 médicos pelo cadastro reserva e desta convocação foram chamados apenas 51 pediatras.

Na semana passada em entrevista a Rádio FM 92,3 uma ouvinte perguntou ao vereador se era certo Clinico Geral atender crianças nas UBS, em resposta ele disse: “Criança não pode ser atendida por clinico geral, isso é um absurdo! Podem ocorrer erros de diagnósticos devido á complexidade da medicina infantil e a população não deve aceitar isso. As crianças chegam nos postos com febre, dores de garganta, que, aos olhos de um clínico geral podem ser apenas doenças simples, de fácil diagnóstico, porém, muitas vezes essas “doenças” são apenas sintomas de algo mais grave, o que é de fácil diagnóstico para um especialista”, afirma o médico parlamentar.

Recentemente, a Sesau editou uma resolução no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) que determina o atendimento de crianças por médicos clínico geral nas unidades de saúde que não contarem com médicos pediatras, a previsão de atendimento pelo clínico ocorrerá quando a criança for classificada como “amarelo” ou “vermelho”, ou seja, em casos de urgência e emergência. 

Ainda segundo o texto, o médico clínico geral deverá elaborar uma carta de encaminhamento para outra unidade que conte com um pediatra. Neste documento, o profissional deverá colocar todas as informações, como quadro da criança e a classificação de risco.

Para o Conselho Regional de Medicina, o pediatra o profissional com formação e conhecimento do processo de crescimento e desenvolvimento deve ser o responsável pelo atendimento médico da criança e do adolescente, nos três níveis de atenção: primária, secundária e terciária. E as instituições que anunciarem a existência de plantões estão obrigadas a manter o profissional na especialidade anunciada, durante toda a jornada do plantão, no âmbito da instituição.

Segundo Dr Loester, o problema da falta de pediatras nas unidades de saúde da Capital é causado por deficiências na administração, “o município não deveria oferecer um atendimento paliativo, que pode inclusive ser prejudicial às crianças, ainda mais em atendimentos emergenciais, como propôs a Sesau”.

Andréa Barros
Assessoria de Imprensa do Vereador