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CPI quer disponibilizar laboratório para denunciados provarem que não foram imunizados

06.07.2016 · 12:00 · CPI

Em reunião na tarde desta quarta-feira (6), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Vacinas, instaurada na Câmara Municipal para apurar o sumiço de vacinas contra o vírus Influenza H1N1 na rede pública de Campo Grande, anunciou que quer oferecer um laboratório para que as pessoas denunciadas, por supostamente terem sido vacinadas foram do grupo de risco, tenham a chance de comprovar, por meio de exame de contagem de anticorpos, que não foram imunizados. 
 
O laboratório ainda não foi definido, já que o pedido precisa ser oficialmente encaminhado à Mesa Diretora para deliberação. Os cinco vereadores da CPI já se comprometeram a fazer o exame também, para demonstrarem que não foram beneficiados com as vacinas supostamente desviadas da Prefeitura.
 
"Vamos fazer os exames também, mas os nossos exames cada vereador pagará o seu, para não repetir suposto erro da Prefeitura, que teria beneficiado servidores usando dinheiro público. Vamos pedir também para que os demais 24 vereadores façam os exames também, para não restar qualquer dúvida. Disponibilizando um laboratório estamos abrindo esse espaço para os denunciados se defenderem, para não existir mais dúvidas. É claro que eles não são obrigados a produzir provas contra eles mesmos, mas vamos abrir essa oportunidade caso eles queiram dirimir qualquer dúvida", disse o presidente da CPI, vereador Alex do PT.
 
Segundo o vereador Engenheiro Edson, "é de fundamental importância que façam esse exame, para comprovar se foi ou não imunizado", afirmou.
 
O relator da CPI, vereador Dr. Livio salientou que "é importante que seja escolhido um laboratório com vários postos de coleta, para facilitar o deslocamento de quem quiser se sujeitar a esse exame", pontuou.
 
Na reunião, o colegiado também aprovou três Ofícios às operadoras Vivo e Tim e à ANATEL-MS solicitando quebra de sigilo telefônico das servidoras Patrícia Mecatti Domingos – supervisora geral na Coordenadoria de Atenção Especializada, da Diretoria de Assistência à Saúde da Sesau; Marcia Regina Scherer – coordenadora da Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal; e Cassia Tiemi Kanaoka – gerente-técnico do setor de Imunização.
 
Segundo os Ofícios, "a Comissão não tem interesse em obter os áudios dos telefonemas realizados, mas tão somente os relatórios de ligações efetuadas e recebidas no período de 01/03/2016 a 31/05/2016", diz o texto. 
 
Até o momento, os vereadores da CPI já realizaram três oitivas, e concluíram que as doses enviadas pelo Ministério da Saúde para a campanha contra o vírus Influenza foram suficientes para cobrir os grupos de risco, ao contrário do que alega a Prefeitura de Campo Grande.
 
Até o mês passado, foram 18 mortes registradas em Campo Grande por conta da gripe A. Em Mato Grosso do Sul, segundo dados oficiais da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o número de confirmações da doença já é de 324. Segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a campanha cobriu 91,24% do público alvo, sobrando 32.381 doses de vacina contra a gripe H1N1 com destinação incerta.
 
Oitivas
 
Nesta sexta-feira (8), a partir das 15 horas, no Plenarinho Edroim Reverdito, os vereadores Alex do PT, Dr. Lívio, Chiquinho Telles, Engenheiro Edson e Vanderlei Cabeludo realizam oitiva com Léia Cristina Oliveira de Souza, gerente da Unidade Básica de Saúde "Dr. Astrogildo Carmona" (UBS Vila Carlota), e Cassia Tiemi Kanaoka, gerente Técnica do Setor de Imunizações da Sesau. 
 
Denúncia – A CPI disponibiliza para a população um canal de denúncias em seu site. Caso tenha qualquer informação que possa contribuir com as investigações, basta acessar www.camara.ms.gov.br/denuncias ou enviar um e-mail para [email protected].
 
Paulline Carrilho
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal