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CPI da Homex ouve Sintracon e Defesa Civil; Sinduscon não comparece e é reconvocado

03.12.2013 · 12:00 · CPI

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada na Câmara Municipal para apurar irregularidades em obras residenciais realizadas pela Homex ouviu, nesta terça-feira (3), representantes do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande) e da Defesa Civil. O presidente do Sinduscon (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, não compareceu e sua oitiva foi reconvocada para o próximo dia 11.
 
Primeiro a ser ouvido, o Coordenador de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande, major Luidson Borges Tenório Noleto, confirmou as inúmeras reclamações feitas por moradores à CPI. Segundo ele, o órgão foi acionado cinco vezes em 2012, e outras duas neste ano após solicitações judiciais. “Identificamos, e consta em relatórios com fotografias, problemas de rachaduras, infiltrações e fissuras no piso”. Apesar dos problemas, não foi constatado risco iminente de desabamento nas obras, o que não justificou uma interdição. 
 
Moradores ouvidos pela CPI em oitivas anteriores não pouparam críticas às residências entregues. Em regra, grande parte das unidades apresenta infiltrações, rachaduras e desníveis no piso. Em alguns casos, até mesmo banheiros entupidos foram entregues, ainda que fora do prazo. Segundo Elizeu Pacheco, que representou o presidente do Sintracon, José Abelha Neto, as irregularidades da construtora afetaram também os mais de 800 trabalhadores que prestaram serviços para a Homex. “São mais de 100 reclamações trabalhistas, todas ainda sem solução”, aponta. 
 
Amarildo Miranda Melo, presidente do Sinduscon, não compareceu e sequer justificou sua ausência. “Não estamos brincando. O povo foi lesado, enganado, e esse sindicato tem que responder algumas perguntas que o povo quer saber”, disse o vereador Carlão, relator da CPI. “(A Homex) veio aqui, fez prédios com péssima qualidades, deu golpe nos trabalhadores. Temos que tomar providências urgentes”, emendou Alceu Bueno, que preside a Comissão.
 
No dia 11 de dezembro, além de ouvir o presidente do sindicato que representa as indústrias de construção, a CPI fará oitiva com o CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e com representantes de empresas contratadas pela Homex e que estão sem receber. 
 
Serviço – A CPI da Homex é composto pelos vereadores Alceu Bueno (presidente), Carlão (relator), Vanderlei Cabeludo, Ayrton de Araújo do PT e Otávio Trad.
 
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal