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Cestas básicas inflacionadas espalhadas por Campo Grande demonstram a importância da Renda Básica

02.12.2021 · 12:00 · Vereadora Camila Jara

Campo Grande amanheceu com cestas básicas espalhadas pela cidade. Mas não são cestas básicas comuns: em cada item, um percentual mostra o quanto a inflação encarece o produto durante o ano de 2021.

No caso do arroz, por exemplo, a inflação acumulada do ano, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 13,47%, o açúcar 51,79% e o café 37,33%.

Dentro das cestas também são encontradas contas de água e energia atrasadas e uma lista de compras que inclui remédios, gás de cozinha, carne e fralda, com seus respectivos preços.

Há ainda um Manifesto que justifica a importância da Renda Básica para a sociedade e para a economia e um convite para que quem encontrar a cesta compartilhe a ideia nas redes sociais com a #rendabasicacg e depois doe os alimentos para quem mais precisa.

A ação faz parte de uma campanha da vereadora Camila Jara (PT) pela aprovação da Renda Básica em Campo Grande. 

Na manhã desta quinta-feira (02) o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) serão votados na Câmara Municipal e emendas propostas pela parlamentar prevêem destinação orçamentária para que a Renda Básica seja paga para famílias em situação de extrema pobreza na Capital já em 2022.

“Foi preciso chamar atenção para a situação crítica que se encontram as famílias mais vulneráveis da nossa cidade em um momento que 10 mil novas famílias se cadastraram no CadÚnico para receber algum tipo de benefício social. Isso significa que as políticas que o município já desenvolve não estão sendo suficientes e que é preciso pensar em novos programas de transferência de renda. Não podemos ficar inertes”, declarou a vereadora. 

Longa história

O projeto da Renda Básica foi protocolado na Câmara Municipal pela vereadora Camila Jara (PT) em março deste ano para atender as famílias em vulnerabilidade por conta da pandemia. A proposta inicial era instituir um programa de transferência de renda, a Renda Básica Emergencial Cidadã, que pagaria um valor de R$ 300,00 durante três meses para cerca de 30 mil famílias que não estavam recebendo nenhum tipo de auxílio desde o início da pandemia.

Em uma reunião no dia 7 de abril, o prefeito Marquinhos Trad se comprometeu a designar uma comissão para analisar a viabilidade da proposta, o que nunca aconteceu.

Ao ser cobrada da formação dessa comissão, a prefeitura afirmou que já distribui cestas básicas para as famílias, por isso a Renda Básica estava descartada.

No entanto a proposta da Renda Básica vai muito além da distribuição de alimentos, ela representa autonomia para a família usar o dinheiro com aquilo que de fato é mais urgente e necessário, seja para pagar o aluguel, comprar itens que não vêm na cesta (como carne e remédios, por exemplo) ou comprar o gás para cozinhar.

Quando as famílias usam esse dinheiro para comprar esses itens nas lojas dos seus bairros, fortalecem os negócios locais, estimulam a geração de emprego e movimentam a economia.

Bianca Bianchi

Assessoria de Imprensa do Vereador