25.05.2012 · 12:00 · Audiência Pública
A participação da família na educação de crianças e adolescentes foi alvo de questionamentos durante a Audiência Pública realizada nesta sexta-feira (25), na Câmara Municipal de Campo Grande, que discutiu a temática sobre a violência na infância e juventude. “ Os pais estão terceirizando a educação dos filhos para a escola, para os irmãos mais velhos. Estamos destruindo os limites da autoridade deixando os jovens e adolescentes fazerem o que querem. Antes de leis precisamos de princípios, temos uma deformação da família”, colocou o Promotor da Infância e Adolescência, Sergio Harfouche.
Como forma de sanar o problema, o presidente do Legislativo Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB) informou que o município terá em breve o lançamento de uma cartilha que possa educar e informar a população de Campo Grande sobre a violência que atinge o público infanto-juvenil da Capital. “Nós só paramos para refletir quando imagens nos deixam estarrecidos. Tínhamos de fazer o chamamento para uma reflexão de que forma cada um de nós podemos estar auxiliando crianças e adolescentes. Esta Casa de Leis tem se pautado em ações como essas de hoje, elaborando, aprovando leis”, disse Paulo Siufi.
Segundo o presidente da Comissão Permanente de Justiça e Segurança Pública da Câmara, vereador Marcos Alex, além da cartilha os vereadores devem votar para incluir no orçamento de 2013 a ampliação de uma verba condizente a ser dispensada para a realização de ações voltadas para as políticas públicas no município de Campo Grande. “Temos de oferecer à sociedade ferramentas para proteger as crianças nos seus direitos e deveres. E a melhor forma é oferecer instrumentos, orientações”, acrescentou Alex.
De acordo com o Juiz da Vara da Infância e Juventude do Estado de Mato Grosso do Sul, Roberto Pereira Filho é preciso realizar ações conjuntas. ‘ As leis brasileiras são até bem feitas o que falta é sair do papel. O Estatuto da Criança e do Adolescente tem tudo haver com a realizadade brasileira, mas quando você não tem políticas efetivas, as facções criminosas ganham forças. Temos mais jovens e adolescentes sendo vítimas de violência do que praticantes da violência, “disse Roberto Pereira.
Ana Rita Chagas
Assessoria de Imprensa Câmara Municipal