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Vereadores de CG são pioneiros na participação de um Hack a City; Time Feeding termina como vencedor

03.12.2017 · 12:00 · Eventos

O Time Feeding foi o vencedor do evento Hack a City que terminou neste domingo (3), em parceria com a Câmara Municipal de Campo Grande, no Living Lab, Laboratório de Inovação do Sebrae/MS. A ideia do time campeão é utilizar a comida desperdiçada dos restaurantes de Campo Grande para alimentar quem não tem o que comer. A Câmara de Vereadores de Campo Grande foi a primeira no Brasil a participar deste tipo de evento. Os vereadores estiveram presentes desde o primeiro dia e até passaram a madrugada com os desenvolvedores competindo para criar a maior inovação para melhorar a cidade.

Este é o caso do vereador Dr. Lívio Leite que foi o mentor da equipe vice-campeã. “É inédito na nossa cidade. Começamos aqui com 23 soluções e terminamos neste domingo com 10 desenvolvidas nas últimas 24 horas. É impressionante a agilidade que tudo isso saiu, a maneira colaborativa que todos trabalharam aqui. O que foi revelado é exatamente aquilo que resolve a dor e a necessidade das pessoas de Campo Grande de maneira eficiente”, explicou e deixou claro que nunca tinha participado de algo assim.

“Foi maravilhoso, empolgante porque eu realmente não achava que na minha idade ia conseguir ficar acordado nestas últimas 24 horas, mas pela maneira contagiante que aconteceu com todo um ambiente inspirador, foi ate tranqüilo vencer estar 24 horas acordado”, finalizou.  Outro vereador participante e também mentor foi Eduardo Romero que falou da importância do evento e o colocou como consequência da Audiência Pública Cidades Inteligentes realizada na Câmara Municipal de Campo Grande há pouco tempo.

“Quando esta ideia chegou a Câmara Municipal, a primeira conversa que daí surgiu concretizou na Audiência Pública Cidades Inteligentes, e o conceito disto. Depois gerou este evento e a Câmara se apropriou deste evento, esteve mais presente. Naquele momento inicial pode ser que tenha parecido ter sido só mais um ideia de uma ação qualquer e hoje a gente vê que não. Ela orientou, se afirmou, sintonizou e a gente espera ver estas situações implementadas”, analisou. Para Romero, o Hack a City trouxe algumas reflexões muito importantes para quem está em qualquer setor da sociedade pela integração realizada entre a juventude que pensa alternativas para um mundo contemporâneo utilizando as funções de tecnologias e inovação tão aclamada neste momento e ao mesmo tempo aproximar dos tomadores de decisão.

A equipe vencedora tinha uma ideia totalmente diferente que foi desconstruída por um dos mentores, simplesmente por já existir um aplicativo capaz de atender a demanda dos buracos em Campo Grande, então veio a novidade que tinha potencial e deu certo. Iohan Zukeram falou em nome da equipe. “Hoje muita comida é jogada fora. Quantos restaurante por dia não joga comida fora? Então, nossa ideia foi linkar a pessoa que tem a comida que vai ser desperdiçada com a pessoa que necessidade da comida. Lógico que quem está em situação de fome não tem acesso a internet, não tem acesso a um aplicativo e nunca vai chegar esta informação. Com isso precisamos de parceiro como ONGs que já fazem este trabalho. Ligaríamos ONGs e associações aos fornecedores. Assim, o fornecedor de comida ou quem tem aquela sobra disponibiliza em um horário para a ONG passar recolher e passar para quem necessita”, explicou.

Em segundo lugar ficou a equipe The Bug com a ideia do Big Bem, que une as ONGs mostrando como contribuir e participar acompanhando a doação realizada com total transparência. Em terceiro lugar ficou a equipe iDomos, com a ideia de recolher o lixo tecnológico pensando no desenvolvimento sócio-ecológico. Uma das idealizadoras do Hack a City, a portuguesa mentora internacional Margarida Campo Largo (Head of Smart Cities Unit na Associação Porto Digital, consultora de Inovação na Câmara do Porto e CEO da Pointify), acredita que a mudança está nas pessoas que podem fazer diferença pensando em inovação.

“Acredito que esta ligação entre Poder Público, academia e empreendedorismo e outras áreas é essencial para que nós possamos juntarmos todos e ter um objetivo comum. E é importante também pela ligação de várias cidades brasileiras, entre elas e com o mundo. Neste  momento o Hack a City tem uma dimensão internacional com mais cidades participando. Estas redes criam oportunidades e geram melhoria de conhecimento para todos”, refletiu.

Para o vereador Delegado Wellington, o evento possibilitou uma forma de mostrar que a Câmara participa fazendo leis com fins sociais.

“Mais de dez vereadores participaram desde evento de sexta até domingo. Fui contemplado com uma das ideias que eu coloquei como o projeto que estamos trabalhando na Câmara com o Plano Municipal de Segurança Pública que oferece o link de prevenção primária ao cidadão e foi implantado por uma das equipes. Estou extremamente satisfeito. O vereador Dr. Lívio trabalhou com a transparência, a solidariedade, a acessibilidade. A Enfermeira Cida Amaral  trabalhou com o viés da saúde dos postos e atendimentos encampando por diversos participantes. Então, a Câmara contribuiu com ideias e fornecimentos de informações. Saímos daqui muito orgulhosos e otimistas com esta nova geração pensando tecnologia e solução para nossa Campo Grande”, pontuou.

O vereador André Salineiro destacou a importância das soluções apresentadas. “Os participantes mostraram soluções para os problemas. Esta parceria Câmara com o cidadão e estas equipes integrando as equipes dos gabinetes e os vereadores quebrando paradigmas. Este trabalho em equipe simbolizou o que é o Hack a Thon e o que foi o Hack a City”, disse. A vereadora Enfermeira Cida Amaral considerou incrível participar do evento.

“Foi inédito para mim. Eu como educadora, enfermeira, eu estar participando junto com a academia foi o máximo e o melhor de tudo é mostrar para a sociedade que a vereança faz parte da sociedade, faz parte do processo. E quando a gente busca soluções para nossa cidade isto fica muito melhor. Eu acredito muito no alicerce. Adoro trabalhar com academia. Foi dez, adorei, valeu o meu final de semana de semana, foi muito enriquecedor”, finalizou. Ao todo foram 60 participantes. Julgaram os vencedores o prefeito Marcos Trad, o reitor da UFMS, Marcelo Turine, o superintende-regional do Trabalho no Estado, Vladimir Benedito Struck, o diretor-presidente do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro e Margarida Campo Largo (Head of Smart Cities Unit na Associação Porto Digital, consultora de Inovação na Câmara do Porto e CEO da Pointify).

EQUIPES

Além dos vencedores concorreram as equipes: Innotime com o Sign Talk, visando a acessibilidade.com o aplicativo traduzindo da libras para qualquer idioma; Doctor Data com o aplicativo que disponibiliza o histórico médico do paciente e a interação com diagnóstico; FR13NDS 5– com um Totem de Asclépio com a ideia de fornecer Informações sobre médicos e agendamento, onde tem especialistas e o fluxo de pessoas; Connect com o objetivo de prover atividades sociais para a comunidade utilziando divulgação e integração com a sociedade; Five Fox 7 com o aplicativo Hands Download , que basicamente reúne dados e estatísticas para alertar o cidadão dos locais mais perigosos da cidade;  Smart Mobi buscando a acessibilidade universal com o objetivo de oferecer estabelecimentos acessíveis para cadeirantes, além de locais que permitam autonomia. Basicamente o usuário relata obstruções que o impeçam de se locomover e a equipe Guaicurus com a inteligência artificial GUP (Gestão Urbana Participativa) que faz a gestão de problemas buscando solução e agilidade. O GUP analisa os mais de 10 sistemas que não estão integrados e encaminha corretamente os problemas para cada setor identificado.

HACKACITY

Você sabe o que é o Hack a City? É um Hack a Thon de 24 horas que desafia Hackers como programadores, desenvolvedores e Data Scientists a pensar soluções que valorizem dados fornecidos por cidade e a desenvolver aplicações que tenhqm impacto na vida dos cidadãos.  O Primeiro aconteceu em 2015, justamente com Margarida Campo Largo, no Porto em Portugal. A 7 Graus e a Câmara Municipal do Porto reuniram a comunidade tecnológica para criar soluções para os problemas dos poderes públicos e cidadãos.

 

Rafael Belo

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campo Grande