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Vereador Delegado Wellington explana sobre Segurança Pública e a Intervenção Federal no Rio de Janeiro

20.02.2018 · 12:00 · Vereador Delegado Wellington

Na Sessão Ordinária desta terça (20), o Vereador Delegado Wellington, líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal, fez uso da Tribuna para falar sobre segurança pública. “A Constituição Federal é um direito e responsabilidade de todos e dever do Estado. E ontem vivemos um dia histórico, já que a Constituição de 1988 nunca havia tido uma intervenção federal. E devemos analisar a segurança pública na Capital.”, disse o parlamentar a respeito da intervenção federal ocorrido no Estado do Rio de Janeiro.

Para o parlamentar, a problemática segurança pública na Capital, deve estar dentro do organização administrativa municipal. “Um dos princípios de Campo Grande é preservar a ordem pública, incolumidade das pessoas e ações de prevenção às drogas. Mas nós praticamos a violência. Violência dentro de casa, crimes como injúria, discriminação, bullying nas escolas. Com isso, percebemos que a criminalidade nasce na esfera local e não nacional. Daí a necessidade de criar condições que assegurem segurança aos cidadãos.”

Ao relacionar o Rio de Janeiro com Campo Grande, o Vereador Delegado Wellington reafirmou que o “problema de segurança pública não nasce na segurança pública, precisamos rever as ações para combater a criminalidade. Precisamos tratar da segurança pública de forma nacional.”

Finalizando sua fala, o parlamentar reiterou que “a nossa violência, na Capital, não é diferente do restante do país. O que faltam são investimentos sérios na área de segurança pública. E a segurança pública começa no âmbito municipal, dando condições para nossa guarda municipal trabalhar e também fazer a prevenção e repressão devida.”

Intervenção Federal

O decreto foi anunciado por Temer na última sexta-feira (15) em razão da crise de segurança pública no Rio de Janeiro. O objetivo da intervenção, segundo o governo, é o de “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública”, uma das situações previstas na Constituição para o uso do expediente. O general Walter Souza Braga Netto, comandante Militar do Leste, assume o controle do policiamento do estado como interventor federal. 

Nesta segunda (19), o Presidente MichelTemer reuniu-se com os Conselhos da República e de Defesa Nacional pela primeira vez. De acordo com integrantes do Conselho ouvidos à imprensa, o general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército Brasileiro, avaliou que as Forças Armadas não tiveram tempo de fazer um planejamento detalhado de como será a ação no Rio. 

Um dos participantes da reunião, o deputado José Guimarães (PT-CE) criticou em plenário a falta de planejamento do governo e revelou ter ouvido o questionamento de um dos generais no encontro: “E se não der certo (a intervenção), como fica a imagem das Forças Armadas?”. “Olha o perigo, o abismo que esse governo está nos metendo”, afirmou o parlamentar.

Diversos parlamentares de oposição lembraram que o general Eduardo Villas Boas, classificou o emprego dos militares em ações policiais como “desgastante e inócuo” no ano passado. A deputada Luisa Erundina lembrou que os conselhos da República e da Defesa Nacional só foram convocados três dias depois de anunciado o decreto. A parlamentar denunciou ainda que os representantes da sociedade civil, previstos na legislação, não foram eleitos ou participaram do encontro.

Após mais de sete horas de sessão, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta terça-feira (20) o decreto que autoriza a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O texto foi aprovado por 340 votos a 72 e segue agora para a análise do Senado. A previsão é de que a medida seja analisada pelos senadores já nesta terça, em sessão prevista para ter início às 16h.

Assessoria de Imprensa do Vereador