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Na Tribuna, presidente do Ismac relata os serviços oferecidos pela instituição há 60 anos para pessoas cegas

15.08.2017 · 12:00 · Palavra Livre

A sessão ordinária desta terça-feira (15) contou com a participação do presidente do Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos “Florivaldo Vargas”- Ismac, Marcio Ximenes Ramos, que usou a Tribuna para falar sobre a entidade e a sua celebração de 60 anos ocorrida no dia 04 de fevereiro deste ano. O convite foi feito pelo vereador Pastor Jeremias Flores.

O Ismac é uma instituição filantrópica, fundada em 1957 por Florivaldo Vargas. Conforme relatou Marcio Ximenes na Tribuna, seu fundador, Floriano Vargas quando chegou a Campo Grande, detectou a necessidade de uma instituição para atendimento às pessoas cegas. A instituição foi fundada em cima do lema, educação, assistência e trabalho e há 60 anos o Ismac presta um serviço importante para a sociedade sul-mato-grossense, formando várias pessoas cegas através da inclusão para o mercado de trabalho.

De acordo com Marcio Ximenes, “trabalhamos com pessoas que nasceram cegas e com aquelas que perderam a visão ao longo dos anos. As pessoas aprendem na instituição o sistema do braille, trabalhamos com a parte da orientação e mobilidade para ensinar autonomia ao andar, temos também atividades da vida diária, proporcionando autonomia em realizar atividade domésticas, além de trabalharmos com estimulação precoce com bebês de 0 a 3 anos”, detalhou.

Outro fator destacado em sua fala na Tribuna é a importância do incentivo às famílias com crianças que tenham deficiência visual procurarem a instituição, “É muito importante as famílias levarem seus filhos que tenham alguma deficiência visual para estimular essa criança desde o início para que receba os estímulos e tenha um desenvolvimento normal”, destacou.

Marcio relatou também outros serviços oferecidos pelo Ismac. “Trabalhamos com o  programa voltado para o Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes (DICA) que tem o objetivo de desenvolver a capacidade de interação e percepção dessas crianças, temos o setor do desporto, com o goaball, o único esporte criado e não apenas adaptado para pessoa cega, além do judô e o futebol, temos o setor da cultura desenvolvendo aulas de canto, instrumental, teatro e música, trabalhamos a parte da reabilitação da educação física,entre outros diversos serviços”, acrescentou.

“Precisamos estar colocando essas pessoas para produzir, precisamos do apoio das empresas, dos vereadores, está difícil para as pessoas acreditarem na capacidade da pessoa cega, os empresários ainda não acreditam que as pessoas cegas são capazes de desenvolver um trabalho com excelência. Temos pessoas formadas em diversas áreas, mesmo com as garantias das cotas, isso ainda não é cumprido, ainda precisamos trabalhar e, precisamos da ajuda de vocês vereadores para a fiscalização do cumprimento da lei”.

O presidente relatou também que muitas pessoas cegas aprovadas em concurso não são chamadas e muitas vezes só entram por meio de ação judicial, “conheço muitas pessoas que passam em concursos e não conseguem assumir o concurso como já aconteceu várias vezes e só conseguiram assumir via judicial. Nós empoderamos as pessoas, mas quando vão para o mercado de trabalho são impedidos de estar assumindo seu lugar”, lamentou.

Por fim, o presidente do Ismac reforçou que o instituto está à disposição da população, “quem não conhece e quiser ir até lá conhecer nosso trabalho, a entidade está de portas abertas. Precisamos do poder público e da sociedade para continuarmos o nosso trabalho desenvolvido há 60 anos”, frisou.

Dayane Parron

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal