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Na Tribuna, delegada destaca a importância da propagação da informação no combate à violência contra as mulheres

08.08.2017 · 12:00 · Palavra Livre

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira (8) contou com a participação da Drª Rosely Molina, delegada geral da Polícia Civil –DGPC, que usou a Tribuna para falar sobre os “11 anos da Lei Maria da Penha: o que podemos avançar”. O convite foi feito pela vereadora Enfermeira Cida Amaral.

Para a delegada Rosely Molina, “é uma honra fazer parte da Tribuna e falar um pouco sobre a luta em favor das mulheres de Mato Grosso do Sul, estamos comemorando este mês, 11 anos da criação da Lei da Maria da Penha, uma lei muito importante que trouxe mecanismos para diminuir a violência que aflige os nossos lares. Uma lei muito feliz, principalmente, por tratar a violência contra a mulher de cinco formas: violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral”, disse.

De acordo com a delegada, que já atuou na Delegacia da Mulher de Campo Grande, “em 1999 vim para Mato Grosso do Sul e minha primeira lotação foi na Delegacia da Mulher, onde trabalhei por quase dois anos contra a violência de gênero e, naquela época, não existia a Lei da Maria da Penha e víamos que era uma violência endêmica e que permanece até hoje entre quatro paredes, mas antigamente a violência contra a mulher era muito maior, atualmente vejo alguns avanços”, contou.

“Hoje, não trabalho mais na Delegacia da Mulher e estando atualmente na Delegacia Geral da Polícia Civil posso dizer que a confiança no sistema, no Estado, União e Município está muito maior. Sabemos que temos que cuidar não só das mulheres, mas da família, porque praticar um crime contra a mulher está atentando contra a segurança da família e dos filhos”, acrescentou.

Segundo a delegada, apesar da Lei Maria da Penha ser a terceira melhor lei do mundo no combate à violência doméstica, ela tem que ser mais bem utilizada. “Tem que ter sua efetividade, não basta a Polícia Civil trabalhar, o Poder Público colaborar, temos que ter engajamento da sociedade, e através da educação iremos conseguir mudar a mentalidaade da sociedade e, com isso, combater a causa e não o efeito da violência praticada contra a vida das mulheres”, enfatizou.

“Temos que levar a informação, hoje as pessoas estão carentes de informação e orientação, cabe a cada um de nós fazer o seu papel, nós representamos uma gama da sociedade, precisamos levar informação, sensibilizar as pessoas, temos que fazer um trabalho maior, educar nossas crianças, homens e mulheres, para que o machismo que hoje é escondido cesse”, avaliou.

Ainda de acordo com a delegada, “precisamos ter consciência de que somos entes de direito e esses direitos tem que ser respeitados e esta Casa de Leis tem uma importância grande nesse processo, está aqui para mostrar que cada vereador tem responsabilidade de cobrar e fazer novos projetos para que a nossa vida fique melhor, além de fiscalizar as ações já realizadas no combate ao crime da violência contra a mulher”, destacou.

“As mulheres ainda sofrem com a violência, porém percebemos que com auxílio de vocês  e a visibilidade que a Polícia Civil deu aos mecanismos de combate a violência, estamos registrando menores números de crimes gravosos, ameaças e injúrias, isso demonstra uma confiança no sistema, para que essa confiança se mantenha é necessário que todos nós nos unamos para que as pessoas tenham paz”, finalizou.

Dayane Parron

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal