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Mortes por febre maculosa em SP alerta saúde pública em Campo Grande

03.07.2018 · 12:00 · Vereador Veterinário Francisco

Se você vem a Campo Grande ou mora aqui na capital Morena tem o privilégio de ver o animal símbolo da cidade a adorada capivara. Um animal manso, fofinho e até bonitinho sendo considerado um dos mais “de boas” do reino animal, mas com tantos predicados tinha que tem algo para baixar a bola do símbolo campo-grandense. A Capivara tem com um dos seus parasitas o carrapato estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense que pode ser infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii causadora da febre maculosa ou febre do carrapato.

Na região de Campinas, interior de São Paulo está em alerta em razão do registro de 10 casos de morte por causa da Febre Maculosa, sendo que foram registradas sete mortes em America e outras duas mortes estão sendo investigadas. A prefeitura interditou 15 áreas consideradas de risco, às margens de rios e represas do município. Em Pedreira, foram confirmadas duas mortes e uma em Paulínia.

Em Campo Grande, nos seis primeiros meses desse ano cinco notificações, mas somente um caso foi confirmado. No ano passado foram notificados três casos, sendo que nenhum foi confirmado.

O vereador veterinário Francisco (PSB) que é médico veterinário a mais de 35 anos explica que a febre maculosa é uma enfermidade que ocorre durante todo o ano com maior incidência no mês de outubro quando há maior proliferação de carrapatos, podendo variar de uma região para outra. No ano passado, em todo país, foram registrados 123 casos da doença. “Aqui nós fizemos uma audiência pública na Câmara para discutir sobre os males que causam esse carrapato dentre elas a Febre Maculosa. Dentre os animais que esse carrapato parasita é a capivara que vivem soltas nos parques de Campo Grande. È importante para que os donos que gostam de levar seus pets a parque onde habitam capivaras que procurem um médico veterinário para verificar a melhor recomendação e orientações para que seu animal não pegue esse parasita ”, explica.

O parlamentar explica que a população que frequenta essas áreas com seus pets devem tomar cuidados redobrados, pois o carrapato pode ficar nos pelos dos cachorros e gatos e acabar picando o ser humano. “Devemos evitar levar nossos pets a esses locais e usar roupas claras porque facilitam enxergar melhor os carrapatos; colocar a barra da calça dentro das meias, calçar botas; e examinar o corpo cuidadosamente com frequência porque o carrapato transmite a bactéria responsável pela febre maculosa só depois de pelo menos quatro horas grudado na pele”, salienta o veterinário Francisco.

O vereador Veterinário Francisco alerta que os casos de febre maculosa vêm aumentando desde o ano de 1996. É mais comum na zona rural, principalmente no interior de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O vetor desta bactéria é o maior responsável pela manutenção da R. rickettsii na natureza, pois há a transmissão transovariana (transmissão para ovos e larvas) e a transmissão transestadial (transmissão da bactéria presente nas larvas, para as fases de ninfa e adulto). Isto permite que o carrapato fique infectado por toda a sua vida e também por várias gerações. A única forma de transmissão é através da picada do carrapato, após ficar fixado no hospedeiro por um período que varia de 4 a 6 horas, ficando incubado por cerca de 2 a 14 dias.

Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são febre elevada, dor de cabeça e dores intensas no corpo, seguidas de erupções cutâneas, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés.

 

Eduardo Penedo 

Assessoria de Imprensa do Vereador