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Em cinedebate na Câmara, cineasta alerta para importância do protagonismo local

06.11.2018 · 12:00 · Eventos

A Câmara Municipal de Campo Grande sediou na noite de 5 de novembro, o lançamento do filme para Mato Grosso do Sul ‘Ser Tão Velho Cerrado’, do cineasta André D´Elia. Após a exibição do filme foi realizado cinedebate com a participação de D´Elia.

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O evento foi promovido pela Escola do Legislativo da Câmara da Capital e a Frente Parlamentar de Vereadores Ambientalistas, que é coordenada nacionalmente pelo vereador por Campo Grande, Eduardo Romero (Rede).

Com participação de educadores, instituições, representantes do agronegócio, estudantes, ambientalistas e representantes de conselhos, o cinedebate abordou desde as percepções do cineasta com a comunidade onde foi gravado o documentário até o que Mato Grosso do Sul tem de potencialidade e pode trabalhar para que produção e conservação atuem em sintonia.

André D´Elia destacou que o documentário foi produzido com base na realidade de moradores da Chapada dos Veadeiros (Goiás). Eles decidiram se unir para defender o meio ambiente. A partir da elaboração de um plano de manejo inicia-se um movimento para conciliar interesses dos agricultores familiares, comunidade científica, defensores do meio ambiente e grandes proprietários de terra.

O cineasta destacou que o filme expõe situações de interesse econômico, sustentabilidade, preservação da cultura e sobrevivência das comunidades tradicionais. ‘É preciso gestão territorial do lugar. Os moradores precisam assumir protagonismo’, defendeu D´Elia.

Eduardo Romero destacou que recentemente os vereadores aprovaram com emendas o projeto de lei que dispõe sobe o Plano Diretor da cidade e que um dos capítulos que trata sobre mobilidade urbana com uso de bicicleta veio de demandas da comunidade, especialmente da campanha Bicicleta nos Planos. Um protagonismo reforçado pelo vereador como necessário para controle e participação social.

A Escola do Legislativo e a Frente Parlamentar já tinham promovido cinedebate com filme de André D’Elia em 2015 com ‘A Lei da Água – Novo Código Florestal.

Eduardo Romero explica que a conservação do Pantanal e Mata Atlântica são temas mais claros aos olhos da sociedade, porém o Cerrado é o bioma no Estado que mais tem sofrido com recordes de desmatamento que está levando todo um ecossistema à extinção.

O parlamentar alerta para estudos que revelam que o Cerrado é responsável por 75% da vazão das principais bacias do País e que resta apenas 23,9% da vegetação original. O Estado já teve mais de 75% da área desmatada até 2010, segundo o IBGE.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o cerrado se destaca não só pela diversidade de espécies de flora e fauna, mas sobretudo pela produção agrícola. Devido à expansão da fronteira agrícola brasileira, o bioma vem sendo degradado nos últimos anos para abertura de novas áreas de produção de grãos.

Sinopse

40 milhões de anos em um filme. Este documentário é uma grande campanha em defesa do Cerrado que sofre com desmatamentos recordes levando um ecossistema inteiro à extinção. Preocupados, alguns moradores da Chapada dos Veadeiros decidem se unir para defender a natureza.

Assessoria de Imprensa