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Dr. Sami destaca necessidade de políticas públicas voltadas ao tratamento gratuito da endometriose

19.04.2017 · 12:00 · Vereador Dr. Wilson Sami

Mais de 176 milhões de mulheres em todo o mundo sofrem de endometriose, doença que, entre outros sintomas, causa cólicas menstruais intensas, alteração intestinal, dor durante as relações sexuais e ainda pode levar a mulher à infertilidade.

No Brasil, cerca de 15% da população feminina, ou seja, seis milhões de mulheres entre 13 e 45 anos sofrem com a doença de causa ainda desconhecida, de acordo com a SBE (Sociedade Brasileira de Endometriose). Para debater o tema, a Câmara Municipal de Campo Grande abriu espaço na sessão desta terça-feira (18) para evidenciar o problema e ações necessárias de tratamento e orientação.

Convidado por parlamentares, o coordenador do Movimento de Conscientização da Endometriose e da Endomarcha Mundial, Alex Figueiredo, que apontou o drama vivido por mulheres que sofrem com a doença. “Mulheres com endometriose não conseguem tirar licença para tratamento de saúde. Meu pedido é que à Assembleia Estadual e Congresso Nacional se sensibilizem e reconheçam a endometriose como doença social”, destacou o coordenador.

Médico Ginecologista, o vereador Dr. Wilson Sami (PMDB) reforçou a importância da abertura da Casa de Leis Municipal para o debate de um assunto de amplo interesse da população.

“Realmente a endometriose é uma doença social, que atinge e incapacita mulheres em idade produtiva, em geral entre 25 e 30 anos. Não temos políticas públicas voltadas a este tratamento, por ser oneroso. Um medicamento que usamos para o tratamento custa em torno de R$ 800,  e é utilizado durante aproximadamente 6 meses, e só pode ser liberado mediante a um laudo histopatológico,  que só é obtido através de uma vídeo laparoscopia ou laparotomia aberta, ou seja, uma paciente do SUS não tem acesso”, pontua o vereador.

Dr. Sami defende ainda que é necessária atuação efetiva para implementação de ações e políticas públicas para tratamento gratuito da doença.

“Precisamos trabalhar pela implementação da laparoscopia diagnóstica de forma gratuita, exame que muitas vezes pode ser curativo, cauterizando os focos da endometriose. São tratamentos caros e a endometriose deve ser tratada com prioridade, pois é uma doença que pode desencadear o câncer”, finaliza.

Sobre a Endomarcha – criado em 2014 o evento já caminhou por 60 países, esclarecendo a população sobre o tema e lutando em busca de ações de apoio para mulheres que sofrem com a doença.

“Já fizemos a Endomarcha em Campo Grande, Brasília, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com 780 voluntários. Peço ajuda à Câmara no processo de reconhecimento da endometriose como doença social”, destacou Alex Figueiredo.

O que é a endometriose – De acordo com a SBE, todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele e, quando não há fecundação, o endométrio que aumentou de tamanho, descama e é expelido na menstruação, a presença deste tecido fora da cavidade uterina causa a doença. 

As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença.

Saiba mais sobre o assunto em: http://aendometrioseeeu.blogspot.com.br

Assessoria de Imprensa do Vereador