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Coordenadora de Projetos da Prefeitura detalha revitalização do centro de Campo Grande

23.05.2017 · 12:00 · Palavra Livre

A sessão ordinária desta terça-feira (23) contou com a participação da coordenadora da Central de Programas e Projetos Especiais da Prefeitura, Catiana Sabadin Zamarrenho, que usou a Tribuna para falar sobre o Projeto Reviva Centro, que prevê a revitalização do centro de Campo Grande. A convite do vereador João César Mattogrosso, Catiana explicou o contrato assinado pelo Executivo com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para financiar a revitalização do centro da Capital. 

“É uma operação de 56 milhões de dólares, que esta Casa de Leis já havia aprovado inclusive a lei permitindo a contratação do recurso. Uma operação de cinco anos e meio de carência, 20 anos para efetivação e uma taxa de juros que está variando em torno de 2% ao ano. O recurso será destinado para a revitalização da área central do município, as ações que saíram desse programa de financiamento estão previstas dentro de um plano que esta Casa também aprovou e transformou em lei”, lembrou Catiana.

Catiana frisou em sua fala que o processo licitatório para início das intervenções inicia em julho deste ano. “Hoje estamos atualizando os preços para iniciar o processo licitatório. Vamos começar a licitação do projeto agora em julho. Temos uma operação de investimento na área central de Campo Grande de 56 milhões de dólares e estamos compondo a contrapartida do programa também com 56 milhões de dólares, onde ela foi composta com o programa PAC Mobilidade que o município já tem assinado com o Ministério das Cidades e com a Caixa Econômica Federal. São 64 quilômetros de corredores de transporte, com construção de quatro novos terminais de transbordo no município, a reforma do Terminal Morenão e construção do viaduto da rotatória da coca-cola”, pontuou.

A principal ação do programa destacado pela coordenadora é a requalificação do centro de Campo Grande. “Essa obra específica da Rua 14 de Julho inicia na Avenida Fernando Corrêa da Costa e termina na Avenida Mato Grosso. A obra está orçada hoje em torno de R$ 70 milhões. Vamos retirar o fluxo de passagem. Então hoje existem quatro pistas de rolamento e o projeto prevê duas pistas de rolamento. Com isso, irá ampliar a área de circulação de pedestres. A concepção do projeto foi pensada para que a 14 de Julho vire um shopping a céu aberto, então os pedestres vão ter toda segurança para transitar nas ruas. O projeto é todo em nível, nós vamos trabalhar o mobiliário urbano diferenciado, inclusive dentro do projeto já foi pensado em um paisagismo específico para criar uma ambiência térmica agradável, além da preocupação com toda segurança para circulação de pessoas no local”, detalhou.

Conforme explicou Catiana, uma das questões mais emblemáticas do projeto será o embutimento de todos os serviços de energia e telecomunicação. “Vai ser a primeira obra em Campo Grande que nós vamos fazer o embutimento da rede. Além disso, esse projeto envolve também requalificação das ruas transversais, então basicamente o PAC Mobilidade já vai trabalhar na requalificação na Rua Rui Barbosa e na Rua Calógeras, que são corredores de transporte. Ainda dentro do programa de financiamento estamos viabilizando áreas para construir unidades habitacionais na área central, dentro do conceito de fachada ativa. Esse conceito é utilizado pelos centros históricos do mundo todo, que é mesclar usos, então é trabalhar em projetos habitacionais que interliguem os serviços, comércio e habitação no mesmo local”, acrescentou.

“Dentro do projeto de financiamento, iremos criar o que estamos chamando de conexão estratégica, que é um circuito turístico, gastronômico e cultural, que vai fazer uma interligação entre os projetos. Nós vamos interligar a área do Horto Florestal, a área do Mercadão com a Pensão Pimentel, a Orla Ferroviária e a Rua 14 de Julho. Vamos trabalhar nessa região a acessibilidade, o mobiliário urbano, o paisagismo e a iluminação. Os investimentos específicos que vem do BID são para essas grandes ações previstas no Projeto Reviva Centro”, reforçou.

Por fim, uma questão importante que Catiana frisou na Tribuna é que o programa de revitalização de centros históricos não pode ser resumir simplesmente ao programa de financiamento. “As questões de deterioração de espaços antigos é muito mais complexa. Gostaria que esta Casa de Leis entendesse que o projeto, tem que ser uma política de governo, uma política legislativa e um envolvimento de parceiros privados para que realmente esse projeto tenha eficiência”.

Dayane Parron
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal